Petroleiros iniciam greve em refinarias e terminais
Publicada em
17/10/13 14h29m
Atualizada em
17/10/13 14h30m
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Movimentos sociais protestam contra leilões de poços de petróleo
Para protestar contra o leilão do Campo de Libra e por avanços na pauta de reivindicações, os trabalhadores da Petrobrás iniciaram no final da noite de quarta-feira (16), greve por tempo indeterminado em várias refinarias e terminais do Sistema Petrobrás. Nos campos de produção terrestre da Bahia, os petroleiros anteciparam a paralisação para as 20 horas nas estações de Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Socorro, Marapé e Dom João. Ao mesmo tempo, movimentos sociais realizam ocupações em órgãos públicos em vários pontos do país.
Nas refinarias de Duque de Caxias (Reduc), Manaus (Reman), Paulínia (Replan) e Mauá (Recap), os trabalhadores cortaram a rendição do turno às 23 horas e 23h30. O mesmo aconteceu nos terminais de Cabiúnas (Norte Fluminense), Campos Elíseos (Duque de Caxias), Guararema, São Caetano, Barueri e Guararema (São Paulo) e na Termorio (Duque de Caxias)
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Em 42 plataformas da Bacia de Campos e na Rlam (Bahia), a paralisação começou a zero hora desta quinta e nas demais bases da FUP iniciou na manhã desta quinta-feira (17). Os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos, que o governo pretende ofertar às empresas privadas no próximo dia 21.
No Terminal de Cabiúnas, em Macaé, houve corte de rendição às 23h e a operação foi assumida pela equipe de contingência da empresa. O Sindipetro-NF recebeu informação de que a entrega da operação também foi antecipada na plataforma P-08. No Terminal de Guararema, em São Paulo, 100% do turno aderiu à greve. Na Reduc, em Duque de Caxias, a participação dos trabalhadores do turno é de 85% e na Termorio, de 100%. Na Reman, a adesão é também de 100% do turno. Pela manhã, a greve será reforçada por um grande ato na porta de refinaria contra o leilão de Libra e oPL 4330. Os diretores dos sindicatos permaneceram em plantão durante a madrugada nas bases, sedes da entidades e nos telefones celulares, a fim de monitorar os primeiros passos da paralisação.
A estimativa dos sindicatos era de transformar esta quinta em um Dia Nacional de Luta Contra o Leilão de Libra, com a realização, além da greve, de atos e mobilizações em diversas cidades do país. Entidades sindicais, como federações, sindicatos e centrais, além de representantes de movimentos sociais e estudantis, estão unidas na luta pela defesa do petróleo brasileiro.
Prédio ocupado em Belém
Desde às 7 horas desta manhã (17), cerca de 250 integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens, da Via Campesina, do Levante Popular da Juventude e das centrais sindicais estão ocupando o prédio da Petrobrás, em Belém do Pará.
A ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas dos Trabalhadores e exige o cancelamento do leilão do petróleo do campo de Libra, previsto para o dia 21 de outubro.
Nesta manhã, os manifestantes estão fazendo um ato político em frente ao prédio e panfletagens na rua esclarecendo a população sobre os riscos que a privatização do petróleo representa à soberania nacional. As organizações sociais e sindicais consideram que o leilão deste campo de libra é um erro, pois pode abrir o caminho para a privatização dos demais campos do pré-sal.
Ocupação em Ministério
O Ministério de Minas e Energia foi ocupado na manhã deste dia 17 de outubro por cerca de 1000 pessoas integrantes dos movimentos sociais da Via Campesina e da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia exigindo a suspensão do leilão do campo de Libra.
No último dia 20 de setembro, mais de 90 movimentos sociais e sindicais entregaram uma carta à presidenta Dilma pedindo uma audiência e a suspensão do leilão do campo de Libra. As organizações reclamam que não receberam nenhuma resposta até o momento.
Fonte e foto: FUP
Edição: Carina Carvalho (estagiária) e Fritz Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm