Trabalhadores protestam contra fator previdenciário
Publicada em
12/11/13 16h33m
Atualizada em
12/11/13 16h34m
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Tabela injusta do IR também está na pauta de centrais sindicais
Nesta terça, 12, as principais centrais sindicais do país realizaram um dia de luta em diversas capitais do país contra o Fator Previdenciário e pela correção da tabela de Imposto de Renda (IR). As manifestações foram realizadas em frente às sedes do INSS e contou também com atos de rua. Em São Paulo, a mobilização teve concentração na Praça da Sé e percorreu as ruas do centro da capital rumo à superintendência do INSS. Cerca de 800 trabalhadores da ativa e também aposentados participaram da passeata.
O membro da CSP-Conlutas São Paulo, Filipe Augusto, também dirigente do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Estado de São Paulo) presente no ato, ressaltou que a mobilização representa a continuidade de luta contra o Fator Previdenciário. “O governo se comprometeu, em reunião realizada no dia 30 de agosto, a dar encaminhamentos sobre o tema, mas até o momento nada fez. Estamos aqui contra o Fator previdenciário que penaliza o trabalhador mais pobre e somos contra a qualquer outro redutor no beneficio”, destacou.
Filipe também se posicionou contra a não correção da tabela do IR. “Seu congelamento prejudica os trabalhadores mais pobres que, com a alta da inflação e reajuste de salários, passam a ser taxados. Enquanto isso, vemos os empresários sendo beneficiados com isenções de impostos”, comparou.
Em Minas Gerais, as centrais sindicais unificaram e ampliaram a pauta. Juntamente com os metalúrgicos de Contagem, que estão em campanha salarial, fizeram o travamento da BR-381. Além da pauta nacional, a manifestação denunciou o banco de horas prática que a patronal tenta impor aos metalúrgicos de Minas. “Também levantamos a bandeira contra as terceirizações via PL 4330, o banco de horas que querem impor aos metalúrgicos daqui vai no mesmo sentido de precarizar e flexibilizar direitos”, destacou o membro da CSP-Conlutas em Minas presente do ato, Geraldo Araújo, o Batata.
CTB
Na opinião do presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, a pauta da classe trabalhadora não está sendo ouvida pelo governo Dilma. “O Fator (previdenciáqrio) é uma herança perversa do neoliberalismo tucano, criado como uma medida do Fernando Henrique Cardoso em 1999 com o intuito de pracarizar as relações de trabalho e instituir um mecanismo que é um verdadeiro assalto ao bolso do trabalhador”, criticou.
Ele aproveitou a oportunidade para convocar para o ato que ocorrerá em Brasília no próximo 26, data em que ocorre a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Com o lema “Mais desenvolvimento, menos juros”, o ato pretende mobilizar cerca de 10 mil pessoas. “Não podemos conceber essa postura do governo que favorece o capital especulativo”, declarou Adilson.
Fonte: CSP-Conlutas e CTB
Foto: CTB
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)