Apoio da comunidade para barrar a Ebserh
Publicada em
10/12/13 17h54m
Atualizada em
10/12/13 17h59m
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Coleta para abaixo-assinado ultrapassa duas mil assinaturas
Quando os cerca de 60 integrantes do Conselho Universitário (Consu) da UFSM se posicionarem na quinta à tarde sobre a proposta de adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o farão tendo consciência de que há uma mobilização intensa da comunidade em defesa do Hospital Universitário e contra a privatização da saúde. Além do plebiscito, em abril deste ano, quando mais de 1.500 pessoas se manifestaram, com voto em cédula, contra a empresa gestora de HUs, até esta terça, 10, já tinham sido recolhidas mais de 3 mil assinaturas do abaixo assinado que rechaça a Ebserh.
A mobilização resultou em um total de 1.300 assinaturas, que foi protocolado antes da reunião do Consu dia 29 de novembro e, outras duas mil já tinham sido coletadas da semana passada para cá. Uma banca foi montada junto ao Calçadão Salvador Isaia em busca do apoio da população. Em diversos locais em vilas da cidade foram penduradas faixas relacionadas ao tema, alertando à população sobre os riscos de privatização do Hospital Universitário. As novas assinaturas devem ser entregues nesta quarta, 11, ao reitor, professor Felipe Müller, que deverá destiná-las para conhecimento dos membros do Consu.
Desde o mês de outubro, quando o tema da adesão à Ebserh foi trazido para a pauta do Conselho, os sindicatos (Sedufsm, Assufsm) e o DCE buscaram construir uma rede em defesa do Hospital Universitário. Para tanto, reuniões semanais passaram a acontecer, que culminaram na construção de uma Frente em Defesa do Husm e contra a Ebserh, que acabou unindo sindicatos de diversas categorias, centrais sindicais, representações de movimentos sociais e partidos políticos. Apesar da alegação dos que defendem a empresa, o movimento é amplo, como demonstram não apenas as entidades presentes, mas também a simpatia à causa demonstrada nas ruas.
“Enquanto nós vamos às ruas buscando e alcançando o apoio da sociedade, eles decidem os rumos do Hospital Universitários fechados em gabinetes, usando os bastidores para repassar documentos do governo aos conselheiros, articular-se com prefeitos e empresários, desconsiderando os documentos contrários apresentados pelos sindicatos. Ontem (segunda) tivemos um bom exemplo. Ninguém da direção do Husm, ou da reitoria, apareceu para fazer a defesa da Ebserh. Eles querem decidir as coisas pela articulação de bastidor, negociando gratificações, mas nós vamos continuar lutando contra essa aberração, que é privatização do nosso Hospital Universitário”, enfatiza Rondon.
Texto: Fritz R. Nunes
Imagens: Ivan Lautert e Arquivo/ Sedufsm
Assessoria de Imprensa da Sedufsm