Entidades registram expectativas sobre gestão Burmann SVG: calendario Publicada em 03/01/14 17h31m
SVG: atualizacao Atualizada em 03/01/14 18h10m
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Estatuinte, democracia interna e oposição à Ebserh entre as pautas

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Cerimônia de posse na UFRGS em 23 de dezembro

Na próxima sexta-feira, 10, a UFSM realizará um ato solene para protocolar a nova reitoria da universidade. Na oportunidade, o reitor eleito Paulo Afonso Burmann e seu vice, Paulo Bayard Gonçalves, apresentarão para a comunidade acadêmica a equipe que atuará ao longo dos próximos quatro anos de gestão. Nova administração é sinônimo de expectativas, principalmente por parte das entidades ligadas à instituição, como Sedufsm, Assufsm e DCE. Com o intuito de refletir sobre como será o mandato de Burmann, a Assessoria de Imprensa da Sedufsm traz o opinião de alguns integrantes das entidades representativas dos três segmentos e também de duas centrais sindicais.

Para o diretor da Sedufsm e professor do Direito, Luiz Ernani Araújo, a prioridade é a democracia: “espero que essa nova gestão prime pela democracia, pelo respeito às unidades. Dentro das expectativas, uma delas é que ocorra a estatuinte universitária, visto que foi uma das promessas da campanha. Isso seria fundamental para a estrutura da universidade”, afirma Araújo, que ainda comenta que a gestão deve ter um bom relacionamento com os três segmentos da universidade.

O coordenador da Assufsm, Rogério Silva, acredita que não haverá mudanças significativas, pois para ele, o perfil de Burmann, assim como dos reitores anteriores, vem demonstrando um continuísmo na maneira de administrar a UFSM. Silva ainda pondera que durante as campanhas os candidatos demonstram promessas de transformações para a universidade, porém quando eleitos, “mostram a verdadeira face e há uma aceitação, de forma passiva, de tudo que o governo impõe. E isso tem ocorrido ao longo da história”, critica o dirigente da Assufsm.

Ele ainda discorre que a ‘briga’ pela autonomia universitária não vem sendo respeitada, e citou como exemplo o ‘canetaço’ referente à Ebserh.  “Lamentamos que a nossa universidade, com o tempo que tem, temos o mínimo de liberdade para pensar e crescer enquanto ciência, enquanto conhecimento. Aceitam-se as regras impostas, e não podemos pensar em uma nova universidade. É reproduzido um modelo-padrão que passa de gestão para gestão. Como trabalhador, como servidor, não vejo mudanças, as expectativas acabam sendo frustradas e isso se perpetuará, a Ebserh da forma como foi imposta já é um exemplo”, ressalta Rogério Silva.

A atual administração do Diretório Central dos Estudantes, eleita para representar os acadêmicos ao longo de 2014, com o slogan “É Tempo de Avançar”, espera que a reitoria priorize o diálogo e a democracia interna para promover transformações estruturais na universidade. Ao final da reportagem confira um anexo com a íntegra do texto disponibilizado pelo DCE que traz os anseios de reivindicação da entidade para a nova gestão da UFSM.

Em uma das partes do documento, o diretório expõe a necessidade da constituição de uma “Estatuinte que repense o modelo político-pedagógico-administrativo da universidade”, bem como a construção de “mecanismos de democracia participativa, priorizando o diálogo plural e feito na base e fortaleça a relação, hoje frágil, entre universidade e sociedade. Acreditamos que, é preciso discutir o método desta Estatuinte, para que seja um processo realmente democrático e que tenha capacidade de formular um projeto de universidade”.

Centrais Sindicais também defendem participação e democracia

Representando a CSP-Conlutas, o professor estadual Jeferson Cavalheiro discorre que Burmann e Bayard devem tomar as futuras decisões de forma coletiva, ou seja, com os professores, funcionários e alunos, sem esquecer de apoiar as reivindicações da categoria. Cavalheiro é enfático ao se referir em uma atitude, que para ele, deverá ser tomada pelo novo reitor: “Nós da CSP-Conlutas queremos que ele se pronuncie em relação à Ebserh, que ele intervenha na decisão de Müller, que seja contrário a esta empresa”.

Cavalheiro ainda comentou sobre a expansão universitária, e justificou que a forma como vem sendo feita precisa ser repensada, e que a solução seria abertura de concursos para acompanhar as demandas de professores. Outro ponto citado por ele diz respeito à independência política da universidade, já que “não se pode aceitar imposições do governo federal. Ela precisa ser mais autônoma e ainda procurar se aproximar da cidade. Vejo um distanciamento entre a universidade e Santa Maria e é necessário construir diálogo com a população”, defendeu.

Já Eloiz Guimarães Cristino, Técnico-Administrativo em Educação e dirigente da CUT Regional Centro, além de defender que é preciso que ocorra democracia participativa, alerta que as conversas precisam ter um diferencial: “não podem ficar somente nos belos discursos. A expectativa é que as pessoas sejam valorizadas e tratadas com dignidade e que sejam prioridade na nova gestão da UFSM”, ressaltou Cristino que em sua fala, expressando insatisfação com os modelos de gestão anteriores.

Segundo Cristino “a categoria dos Técnico-Administrativos em Educação registrou nas urnas a sua indignação com o modelo e o método da gestão anterior e anteriores. O meu entendimento é que se não houver mudanças estruturais, destaco uma muito importante- Estatuinte Universitária-, que é uma reivindicação e bandeira histórica, não fará a diferença”, aponta Cristino.

Posse oficial

Foi na manhã do dia 23 de dezembro que o professor Paulo Afonso Burmann tornou-se oficialmente o novo reitor da UFSM. Acompanhado do seu vice, o professor Paulo Bayard Dias Gonçalves, e de uma comitiva de assessores e apoiadores, Burmann  foi empossado pelo ministro em exercício da Educação, Henrique Paim. A cerimônia foi realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Texto: Carina Carvalho (estagiária)
Foto: Multiweb
Edição: Fritz Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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- Texto elaborado pelo DCE

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