Movimentos indicam ações contra a Copa e a reunião dos Brics SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 06/01/14 17h29m
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Mobilização quer eleger a Fifa como a pior empresa do mundo

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As mobilizações do mês de junho de 2013 enfatizaram: “da Copa eu abro mão, quero dinheiro pra saúde e educação”, mostraram o ânimo dos trabalhadores e que as lutas permanecem. Com a proximidade do evento e a crise econômica internacional que reflete no país, diversas entidades se reuniram para aprovar ações de protesto contrárias a Copa do Mundo e o encontro dos Brics – conferência de relações internacionais à qual comparecem os chefes de Estado dos cinco países-membros: Brasil, Rússia, Índia, República Popular da China e África do Sul. 

Organizada pelo Jubileu Sul e pela Articulação Nacional dos Comitês dos Atingidos pela Copa (Ancop), a reunião que discutiu os rumos das manifestações, ocorreu no Rio de Janeiro, em dezembro de 2013. A atividade contou com a participação da CSP-Conlutas e representações da Ancop de diversos Estados – Bahia, Paraná, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e o Distrito Federal -, assim como o MPL-RJ, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), MTST, Grito dos Excluídos de Porto Alegre (RS), Sindicato dos Petroleiros do Rio, entre outras.

Segundo as entidades, o governo percebeu que as lutas serão intensificadas, e por isso tem apontado medidas que criminalizam as lutas e os ativistas dos movimentos sociais. Mesmo diante das ameaças, duas iniciativas prioritárias já foram aprovadas no encontro. A primeira é o fortalecimento da campanha da eleição da Fifa como pior empresa do mundo, no qual a votação se refere ao prêmio Public Eye Awards, criado em 2000. Conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial, que apresenta uma lista com indicações das piores empresas do mundo, escolhida por voto popular em função de problemas ambientais, sociais e trabalhistas. O resultado é apresentado durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos.

A Fifa, entidade que administra o futebol mundial e organiza a Copa do Mundo, disputa entre as oito companhias a votação de 2014. A entidade presidida por Joseph Blatter é acusada de incentivar violações de direitos e mau uso de dinheiro público nos países que recebem o megaevento, em favorecimento de empresas parceiras e com anuência de governos locais. A campanha pela eleição da Fifa como pior empresa está em andamento e a votação é eletrônica. Está em sites e redes sociais.

A CSP-Conlutas se integra à campanha, assim como já fizeram a Ancop e o Jubileu Sul, e convoca a todos os militantes ligados à Central para que participem e votem. As orientações estão no site da Central (http://www.cspconlutas.org.br/) e nas redes sociais – facebook, nos grupos e no twitter. Para Dia Nacional de coleta de votos e agitação da campanha, foi definida a próxima segunda-feira, 13 de janeiro. 

A segunda ação decidida na reunião das entidades são os protestos na reunião dos Brics. O governo federal ainda mantém indefinido o local da realização do evento, previsto para Fortaleza ou Brasília. Foi aprovada a realização de ato público contra as agressões ao povo pobre e as criminalizações dos movimentos sociais em virtude da realização da Copa do Mundo em nosso país no local da realização da Cúpula dos Brics; a organização de um curso de formação sobre o tema “Banco dos BRICS”, paralelo à realização da Cúpula e a realização, nos mesmo período e local, de uma Plenária nacional dos Atingidos pela Copa com a participação de atingidos por grandes projetos.
 
As entidades definiram ainda a data de 15 de maio como o Dia Nacional de Mobilização contra as agressões ao povo pobre e a criminalizações dos movimentos sociais, em virtude da realização da Copa do Mundo no Brasil. “A grande contradição posta pelos governos federal e estaduais é impor medidas que retiram dinheiro das políticas sociais públicas, negando ao povo direitos básicos como saúde, educação, transporte e moradia, e por outro lado dispõem de vultuosos recursos para realização de eventos como a copa do mundo. E mais, para conter a insatisfação dos movimentos sociais diante desta espoliação, anuncia a criação de tropa de choque e lei antiterror para conter e criminalizar os protestos. Assim, é necessário ampliarmos a unidade com todos os setores que estejam dispostos a lutar contra a criminalização dos movimentos sociais e da retirada abrupta de direitos da classe trabalhadora”, ressalta a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira.

A CSP-Conlutas afirma que fortalecerá e buscará integrar-se no apoio a todas essas iniciativas orientando, desde já, seus ativistas a se incorporarem nas articulações nos Estados, intensificar a divulgação e votação na Fifa como pior empresa do mundo e organizar a participação no ato público que será realizado durante a reunião dos Brics. Também, juntamente com os parceiros do Espaço de Unidade de Ação, do Jubileu, da Ancop e seus comitês, a Central buscará planejar as ações para o período da Copa.

 “O desafio é ampliar a unidade entre todos os que estejam dispostos a construir um calendário de mobilização para o período de realização da Copa do Mundo, vamos fazê-lo em defesa dos direitos de nossa classe e contra a criminalização dos movimentos sociais. Precisamos enfrentar e denunciar a absurda ‘Lei da Copa’ que, combinada com a chamada ‘Lei Antiterror’, tenta nos impor um verdadeiro Estado de exceção, e dão ainda mais condições para criminalizar as nossas lutas, como pretendem a Dilma, os empresários e os governos estaduais”, afirma Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas que, juntamente com Miguel Leme - também da Executiva -, representou a Central nessa reunião.

CSP-Conlutas: mês de março definirá novos encaminhamentos

No dia 21 de março será realizada a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, onde está prevista a participação de centenas de ativistas de todo país para atualizar as discussões e encaminhamentos das mobilizações do primeiro semestre de 2014. Além do calendário acima, incluem as campanhas salariais de diversas categorias (como a dos servidores públicos federais que já tem pauta e calendário), a luta contra as opressões, em defesa da moradia, luta pela terra e reforma agrária e em defesa da educação pública, entre outras tantas batalhas.

Fonte: ANDES-SN
Ilustração: Cartaz divulgação
Edição: Carina Carvalho (estagiária) e Ana Paula Nogueira (Jornalista Interina)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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