Polícia Federal reduz operações de combate à corrupção SVG: calendario Publicada em 13/01/14 14h40m
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Estudo da Fenapef afirma que total de indiciamentos caiu 86%

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De acordo com o relatório da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), as operações de combate à corrupção diminuíram nos últimos anos. O documento aponta queda significativa em investigações dos crimes de peculato, concussão, emprego irregular de verba pública, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em linhas gerais, indicam malversação de recursos públicos. O total de indiciamentos nesses crimes caiu de 10.164, em 2007, para 1.472, em 2013 — uma redução de 86%.

“A Polícia Federal não está fazendo o mínimo de operações e prisões que fazia há sete anos. A PF está passando por uma crise que pode levar até à sua extinção”, criticou o presidente da Fenapef, Jones Leal. O relatório da entidade mostra queda acentuada das operações de combate à corrupção a partir de 2007, quando o delegado Luiz Fernando Corrêa assumiu a direção da PF em substituição a Paulo Lacerda. A baixa produção se prolongou na administração do atual diretor, Leandro Daiello, que está no cargo desde o início do governo Dilma.

Pelos dados da Fenapef, em 2010 foram indiciados 3.874 pessoas por formação de quadrilha, 771 por peculato, 9 por emprego irregular de verba pública, 99 por concussão (cobrança de propina), 367 por corrupção passiva, 1.201 por crime contra o sistema financeiro e 456 por lavagem. Naquele ano, a PF também indiciou 704 prefeitos por crime de responsabilidade.

Para a entidade representativa dos policiais, o desempenho, que já não era dos melhores, piorou se comparado com as estatísticas de 2013. De janeiro até o fim de novembro, data do levantamento, a PF indiciou 759 pessoas por formação de quadrilha, 185 por peculato, uma por emprego irregular de verbas públicas, 14 por concussão, 78 por corrupção passiva e 123 por lavagem. Nestes 11 meses, 102 prefeitos foram listados por crime de responsabilidade.

A Fenapef fez o levantamento com base em dados do Sistema Nacional de Informações Criminais, abastecido com registros da própria polícia. São informações oficiais que servem de base a decisões judiciais e à emissão de certidão de antecedentes criminais.

Fenapef acredita que a PF tenta mascarar baixo desempenho

Segundo a Federação, o governo e a direção da Polícia Federal tentam mascarar o baixo desempenho com a deflagração precipitada de grandes operações. A manobra daria a falsa impressão de que a instituição está funcionando com toda sua capacidade operacional, e que as queixas contra a baixa produção seriam improcedentes. A precipitação das operações diminuiria o impacto político de algumas investigações.
Para o presidente da Fenapef, “o governo diz que a PF está fazendo um trabalho de qualidade, com muitas operações. Mas não é verdade”.

A Fenapef é formada por agentes, escrivães e papiloscopistas. O documento foi produzido em meio à guerra entre integrantes das três categorias, em campanha salarial, e a cúpula da PF. Os servidores querem reajustes na remuneração e ocupação de cargos que, hoje, são reservados a delegados e, em menor número, a peritos. No mês passado, o governo chegou a repetir a oferta de reajuste escalonado de 15,8%. Mas a proposta foi rejeitada.

Os agentes dizem que o reajuste parcelado resultaria num aumento de pouco mais de R$ 200 por ano. Para eles, se aceitassem essa proposta, os policiais teriam poucas vantagens materiais. Leal diz que o clima na PF é péssimo, e que os agentes vão continuar fazendo protestos no decorrer deste ano, sobretudo na época da Copa do Mundo. A estratégia é promover paralisações pontuais e fazer manifestações em aeroportos.

Fonte: Fenapef
Ilustração: Clauber Sousa
Edição: Carina Carvalho (Estagiária) e Ana Paula Nogueira (Jornalista Interina)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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