33º Congresso do ANDES-SN abre com defesa da unidade SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 10/02/14 21h09m
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Evento de São Luís reúne mais de 400 docentes de todo o país

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Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN, durante a abertura do 33º Congresso

Em um ano difícil, com a perspectiva de retomada das manifestações contra a Copa do Mundo, e por outro lado, a partir de uma repressão governamental contra os movimentos sindicais e sociais que forem às ruas para protestar, os apelos na abertura do 33º Congresso do ANDES-SN, que iniciou na manhã desta segunda, 10, em São Luís (MA), foram pela unidade dos trabalhadores. Esse foi o mote de diversas lideranças sindicais que se manifestaram, entre as quais, da presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira. Também discursaram na mesma direção, saudando os participantes, representantes da Federação dos Servidores (Fasubra), da CSP-Conlutas, da Aliança Nacional dos Estudantes (Anel).

               No primeiro dia do Congresso, que ocorre pela primeira vez organizado pelo sindicato docente local de São Luís (Apruma) foram contabilizadas as presenças de aproximadamente 450 pessoas inscritas, sendo 345 delegados, 72 observadores, 35 diretores, 6 convidados. Estão representadas no encontro um total de 71 seções sindicais. Esse número pode ser alterado, pois o credenciamento para o Congresso ficou aberto ao longo de todo o dia de segunda-feira. O 33º Congresso, que tem como tema “ANDES-SN na defesa dos direitos dos trabalhadores: organização e integração nas lutas sociais”, acontece no Centro Pedagógico Paulo Freire, campus Bacanga, até sábado, 15.

               Ainda em sua fala, na abertura do encontro, a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira enfatizou que “estamos iniciando o nosso Congresso com companheiros de todo o Brasil. Temos como tarefa central cumprir o papel de dar direção ao movimento docente para a luta de 2014, em uma conjuntura tão difícil e desafiadora.”

               As críticas ao poder oligárquico da família Sarney no Maranhão foram bastante destacados, e não apenas por dirigentes sindicais e estudantis presentes à abertura do Congresso do ANDES-SN. Lideranças do movimento quilombola do estado também denunciaram orquestrações entre os governos das três esferas (municipal, estadual e federal) contra a demarcação de terras dos remanescentes de escravos. Hertz Velck, do grupo ‘Quilombo Urbano’, acusou o governo de Roseana Sarney de ter uma “política clara de extermínio” às comunidades quilombolas. Criticou ainda que, em parceria com o governo Dilma Rousseff, o governo maranhense não teria regularizado uma área sequer em favor dos quilombolas.

               Em sua saudação aos congressistas, o coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, ressaltou que a realização deste encontro em São Luís é uma situação emblemática. “Aqui observamos todo o descaso e as políticas aplicadas pelas oligarquias que existem em nosso país, como o assassinato de militantes e ativistas das causas sociais, o descaso com a saúde e com a educação e a miséria, que fica de frente para o palácio do governo”, frisou.

Resistência

               Ao dar boas vindas aos congressistas, o presidente da Apruma Seção Sindical, Antônio Gonçalves, relatou alguns dos problemas enfrentados pela comunidade acadêmica da UFMA. “Para nós, realizar o congresso no Maranhão e dentro da UFMA tem grande significado político. O Maranhão é um estado de resistência da população negra, indígena, de trabalhadores e trabalhadoras e vive uma realidade perversa, dominado por uma oligarquia há quase meio século, antecedida por outras oligarquias. Mas, temos um povo que resiste. Na universidade enfrentamos o autoritarismo, a falta de democracia e a implementação de todas as políticas de governo, como o Reuni, a Ebserh e a adesão de 100% ao Sisu. Em 2007 eram 9 mil estudantes e hoje são 30 mil. São oito campi, com professores trabalhando em condições precarizadas”, exemplificou.

Educação, carreira e salário

               Em sua fala introdutória no 33º Congresso, a professora Marinalva Oliveira também ressaltou a responsabilidade do Congresso na definição das ações em defesa do projeto de educação pública, por melhores condições de trabalho, carreira e salário, na intensificação da atuação do Sindicato Nacional e no fortalecimento da CSP-Conlutas.

               A presidente do ANDES-SN lembrou que o 33º Congresso dará início ao processo de eleição para o biênio 2014-2016. “Este será o momento da renovação. Diante de todos os ataques, e diante do poder de mobilização e de luta que podemos ter. É fundamental a unidade de todos os setores que têm como princípio a defesa do nosso Sindicato. A nossa compreensão é que este momento de eleições exige pensar na conjuntura e, diante dela, precisamos ter um sindicato fortalecido, uma direção representativa da sua base e de todos os princípios que foram construídos durante esses anos”.

Sindicalização

               Durante a Plenária de Abertura também foi apresentada a última etapa da Campanha de Sindicalização do ANDES-SN pelo 1º vice-presidente do Sindicato Nacional, Luiz Henrique Schuch, realizado o lançamento 53ª edição da Revista Universidade e Sociedade e os membros da Comissão da Verdade do ANDES-SN fizeram uma apresentação sobre as atividades realizadas desde a sua implementação.

               Estiveram na mesa de abertura, o secretário-geral, Márcio Antônio de Oliveira, o tesoureiro do ANDES-SN, Fausto de Camargo Neto, o 2º vice-presidente da Regional Nordeste 2 do ANDES-SN, Daniel de Oliveira Franco, o representante do movimento Quilombo Urbano, Hertes Dias, o estudante Micael Carvalho, da Anel, o representante do movimento Moquibom, Santinho, o estudante Giovani Castro, do DCE da UFMA, e a representante da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, Marli Dias. 24 entidades de movimentos sociais e sindicais também enviaram representantes e saudaram o 33º Congresso.

               Cultura

               Ao som dos tambores, a forma de expressão de matriz afro-brasileira, o ‘Tambor de Crioula’, que envolve dança circular, canto e percussão praticada por descendentes de escravos africanos no Maranhão, foi apresentado pelo grupo ‘Surpresa’, que abriu a 33ª edição do Congresso do Sindicato Nacional. Os docentes encerraram a Plenária de Abertura entoando a Internacional Socialista, hino da classe trabalhadora, e que recebeu uma melodia estilo ‘rap’ do grupo ‘Quilombo Urbano’.

               Ao longo desta segunda-feira, na parte da tarde, houve a plenária de instalação do Congresso, espaço onde são discutidos o cronograma e a metodologia do evento e à noite, a primeira plenária propriamente dita do encontro, a plenária do tema I, discutindo “Movimento Docente e Conjuntura”. O Congresso segue na terça, 11, com grupos mistos de trabalho, quarta, 12, com plenárias durante o dia e grupos mistos à noite. Está previsto para o final da tarde de quinta, 13, um ato público chamado pelos movimentos sociais, em São Luís, para o qual os participantes do Congresso do ANDES-SN foram convidados.

Texto: Fritz R. Nunes com a colaboração da assessoria do ANDES-SN

Fotos: Fritz R. Nunes

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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