Proposta de aumento da passagem é questionada SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 12/02/14 17h14m
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Reunião do CMT que discutiu novo preço ocorreu nesta quarta sob protestos do Bloco de Lutas

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Para o representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) no Conselho Municipal de Transportes (CMT), Alex Monaiar, a forma como o transporte público vem sendo tratado pela prefeitura municipal constitui um desrespeito com o Conselho e com a própria população de Santa Maria. “É de se questionar qual é a pressão que a prefeitura tem, se é para atender o interesse dos empresários ou da população”, diz o estudante. Ele conta que a planilha de custos para o cálculo da tarifa foi solicitada há bastante tempo, mas a prefeitura não sinalizou com resposta alguma. Na manhã desta quarta-feira, 12, Monaiar participou, ao lado de outros representantes de entidades e empresas da cidade, da reunião extraordinária do CMT para discutir o reajuste na passagem.

No encontro, o secretário de Mobilidade Urbana, Miguel Passini, apresentou, baseado na tabela Geipot, um novo cálculo para a tarifa de ônibus na cidade: R$ 2,63. Outras duas possibilidades vindas das planilhas da administração municipal apontam para tarifas no valor de R$ 2,72 (para incluir o pagamento do plano de saúde dos trabalhadores rodoviários) e de R$ 2,83 (para colocar ar-condicionado em 20% da frota). Tais planilhas serão analisadas por um membro do Sindicato dos Contabilistas, que, na próxima segunda-feira, 17 - quando da segunda reunião do CMT deste ano -, apresentará o relatório das planilhas. Os conselheiros, então, poderão pedir vistas ou votar o relatório do Conselho, decidindo o novo valor da passagem de ônibus em Santa Maria.

Sobre a planilha de custos requisitada anteriormente, o representante da Pró-Reitoria de Infra-Estrutura da Ufsm, Alberto Wolle, diz que ele mesmo, há cerca de seis meses, solicitou à prefeitura a simulação da planilha, a fim de que se pudessem tirar dúvidas e esclarecer elementos do documento. “Só que a solicitação não foi atendida pelo município. Se isso tivesse ocorrido, possivelmente hoje, quando foi feito o pedido oficial, os elementos da planilha já seriam de conhecimento do Conselho, e o processo poderia andar de uma forma mais rápida”, avalia Wolle.

Segundo Monaiar, os representantes da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) e da Expresso Gabardo criticaram o novo valor apresentado pela prefeitura, argumentando que este estava subfaturado em relação aos gastos das empresas.

A população, entretanto, vê de forma negativa essa proposta de aumento. É o que diz o integrante do Bloco de Lutas e professor estadual, Vinicius Moraes Brasil. “Vemos um aumento abusivo e temos em troca um serviço de má qualidade. Há vários problemas que a prefeitura se comprometeu a resolver e não foram sanados. É importante o Bloco traçar ações de rua para somar mais pessoas a essa luta e tentar barrar o aumento”, diz Brasil, ressaltando que o CMT é um órgão de fachada, sem representatividade dos trabalhadores da cidade, que se reúne apenas para deliberar aumento de passagens.

Aparato repressivo da PM marca protesto

Enquanto os conselheiros se reuniam em uma sala do Sest Senat, policiais militares armados blindavam a entrada do local, impedindo os manifestantes de se aproximarem dos portões. Alguns PM’s portavam cães das raças rottweiler e pastor-alemão, e, nos arredores da região, também se viam vários integrantes da cavalaria e da tropa de choque. Carros da Polícia Militar passavam constantemente.

Brasil comenta que esse excessivo policiamento na verdade é uma política nacional do governo Dilma. “Esse panorama de Copa do Mundo vem acirrando a repressão e a criminalização dos movimentos sociais. O governo criou uma Força Nacional e um projeto de lei que pode qualificar qualquer manifestante como terrorista. Essa é uma linha de tentar intimidar os movimentos, mas, em contrapartida, não vamos nos intimidar. Iremos aumentar nossas mobilizações de rua”, opina o professor.

O ato de hoje foi convocado pelo Bloco de Lutas de Santa Maria, que permaneceu com batuques, faixas e gritos de ordem na rua. A próxima reunião do CMT é na segunda-feira, 17, às 8h, também no Sest Senat.

Texto e fotos: Bruna Homrich

Edição: Fritz R. Nunes

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

 

 

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