Bloco de Lutas protesta contra tarifa e projeto de vereador SVG: calendario Publicada em 06/03/14 19h12m
SVG: atualizacao Atualizada em 07/03/14 00h46m
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Sessão plenária desta quinta iria discutir uso de máscaras em manifestações

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Manifestantes interromperam sessão da Câmara nesta quinta-feira

Na tarde desta quinta-feira, 6, haveria sessão plenária na Câmara de Vereadores de Santa Maria. Contudo, um protesto organizado pelo Bloco de Lutas encheu o plenário da Casa de manifestantes, batuques e faixas, interrompendo a reunião que ainda não havia começado. O mote principal do ato, além da crítica ao aumento na tarifa de ônibus, era o Projeto de Lei (PL) 8032/2014, de autoria do vereador Coronel Vargas (PSDB).

O texto, que estava previsto para ser discutido nesta tarde, proíbe o uso de máscaras ou quaisquer meios que ocultem os rostos dos manifestantes, dificultando sua identificação por parte dos policiais. Em meio a gritos de denúncia ao caráter repressor do projeto, Vargas, que também é ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOE), deixou o plenário.

Marília Jeffman, integrante do Bloco de Lutas, considera a medida um absurdo, tendo em vista que o uso de máscaras serve à proteção pessoal dos manifestantes. “Somos muito vulneráveis a um Estado que tem muita arma e veste de proteção contra nós. Além do mais, os empresários e os donos da cidade estão muito mais mascarados. Hoje, incomodamos eles por algum tempo, mas todos os dias nos incomodamos no ônibus”, diz a estudante, fazendo um paralelo com a questão das más condições do transporte público na cidade.

Durante o tempo em que estiveram no plenário, os participantes da manifestação fizeram a leitura, em forma de jogral, de um texto elaborado para tratar da tarifa e da criminalização dos movimentos. Na mensagem, a crítica à falta de atualização dos coeficientes que compõem a planilha do cálculo tarifário da prefeitura – segundo decreto 177 de 2006, esses seriam atualizados a cada cinco anos, mas não o foram – e à grande lucratividade das empresas de transporte municipais. Também constou a contrariedade ao projeto de lei do Coronel Vargas, visto sua natureza cerceadora que fere o direito de manifestação.

Para Thaís Paz, membro do Bloco de Lutas e também do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufsm, o projeto em questão assemelha-se a outros já apresentados por coronéis como Vargas no período da ditadura militar. “No ato de hoje pudemos fazer uma pressão bem direta à Câmara de Vereadores, que deveria ser uma instância para estar pautando projetos de lei que prevejam os direitos do povo. Mas tem servido como um espaço para criminalizar os movimentos sociais. Agora esperamos que esse projeto não seja novamente votado numa outra sessão a portas fechadas e com canetaço de alguns setores de dentro da Câmara”, opina a estudante.

Não houve acompanhamento de um grande contingente policial, sendo que o ato desembocou, de forma pacífica, na Praça Saldanha Marinho. Nos minutos finais da atividade, um breve protesto foi feito em frente ao gabinete do prefeito Cezar Schirmer.

Texto e fotos: Bruna Homrich

Edição: Fritz R. Nunes

Assessoria de Imprensa da Sedufsm 

 

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