Burmann afirma que TAEs não serão cedidos à Ebserh
Publicada em
10/06/14 18h53m
Atualizada em
10/06/14 19h13m
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Informação dada em reunião na tarde desta terça tranquilizou parcialmente os servidores
O reitor da UFSM, Paulo Burmann, garantiu a servidores TAEs e integrantes de entidades representativas dos segmentos da UFSM, em reunião no Anfiteatro Gulerpe na tarde desta terça, que os funcionários do Hospital Universitário (Husm) não serão cedidos à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), agora responsável pela gestão da unidade hospitalar. Burmann disse que está estudando a formatação jurídica de como fazer isso, mas que junto à Secretaria de Ensino Superior (Sesu/MEC) já há um entendimento de que isso possa acontecer, mas que é a reitoria que deve encontrar a alternativa.
A manifestação do reitor para um auditório com cerca de uma centena de pessoas trouxe uma dose de alívio aos servidores, porém, a própria questão do contrato com a Ebserh permanece sendo questionada. Carlos Renan dos Santos, ex-diretor do Husm e do Fórum de entidades que se opuseram à adesão à empresa, reivindicou que o reitor crie um fórum permanente de discussões para que os servidores possam acompanhar a negociação e que tenham acesso a toda a documentação envolvida.
Rogério Joaquim da Silva, da coordenação geral da Assufsm, entende que há motivos para o Conselho Universitário (Consu) voltar a apreciar a adesão, visando até mesmo a revogá-la. Esse entendimento é compartilhado por Maria Weber, da Associação dos Técnicos de Nível Superior (Atens) e até mesmo pelo representante do DCE que se manifestou na plenária. Na próxima semana, uma assembleia da Assufsm deve pautar o assunto.
Já o dirigente máximo da UFSM não vê dessa forma. Paulo Burmann afirmou que não é o momento de rediscutir a adesão à Ebserh. Segundo o reitor, a UFSM empenhou sua palavra ao aprovar e depois assinar o contrato com a empresa e, que, voltar atrás nesse momento causaria um grande transtorno, pois, inclusive, já existem servidores concursados e que devem ser nomeados em breve.
Burmann também respondeu à argumentação de Carlos Renan do Amaral, segundo o qual, dentro de poucos anos, vai ser impossível voltar atrás no contrato com a empresa, pois a partir da aposentadoria dos atuais servidores concursados via Regime Jurídico (RJU) do Hospital, haverá substituição por celetistas (empregados públicos). A partir da aposentadoria dos servidores do RJU, a vaga deverá ser extinta, o que inviabilizaria a possibilidade de a universidade voltar atrás depois que o fato já estiver plenamente consumado. Na análise do reitor, a assinatura do contrato não é irreversível.
Solução
Paulo Burmann enfatizou também que mesmo que a Ebserh não seja a melhor alternativa para o Husm, pois o ideal seria que a unidade hospitalar permanecesse gerida somente pela UFSM, o fato é que a solução através da empresa é a única existente até o momento. Destacou ainda que a reitoria tem o compromisso de manter o Husm cumprindo o papel de hospital-escola e com atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O reitor também foi questionado sobre a possibilidade aventada de que a UFSM (Ebserh) venha a gerir o Hospital Regional, hipótese levantada pelo governo gaúcho. Burmann frisou que até o momento o que houve foi apenas uma consulta por integrantes do Executivo estadual. Segundo ele, a universidade tem sim interesse em contribuir com um hospital que irá atender pelo SUS, pois isso pode abrir caminhos para ampliar as vagas nos cursos de graduação da instituição, assim como novos campos de estágio. Entretanto, pondera o reitor, não existe nada garantido sobre a universidade assumir o Hospital Regional. “Primeiro, temos que olhar a nossa própria ‘Casa’”, sublinhou.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm