Lutadores brasileiros recebem apoio internacional
Publicada em
01/07/14 14h51m
Atualizada em
01/07/14 14h52m
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Manifestações em vários países manifestam solidariedade e criticam repressão estatal no Brasil
Por solidariedade aos metroviários perseguidos e demitidos em São Paulo e contra a ação repressiva dos órgãos de segurança no Brasil durante a Copa, entidades sindicais fazem manifestação esta semana em países diferentes. Na quinta, 3 de julho, os Trabalhadores Públicos Unidos por Ação e o Comitê de Solidariedade dos Trabalhadores em Transporte realizarão ato contra a repressão dos movimentos sociais no Brasil e fortalecem a campanha pela readmissão dos 42 metroviários demitidos de São Paulo. A atividade será realizada a partir das 16h, em Montgomery (EUA).
O protesto deve denunciar a repressão e os ataques do governo que são diretamente vinculados ao poder que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) tem exercido no país, e em defesa do direito de greve sem perseguição política sindical. Em assembleia nacional de trabalhadores da Construção Civil, filiados ao sindicato Unia, da Suíça, foi votado também o cartão vermelho para a Fifa e solidariedade aos trabalhadores brasileiros que sofrem a repressão do governo e da Copa. Foi definida também a participação na campanha internacional de apoio que exige a reintegração dos 42 metroviários demitidos.
Na próxima segunda, 7 de julho, às 18h, será realizado protesto em solidariedade aos trabalhadores e movimentos sociais em luta no Brasil na Praça das Nações, em frente ao prédio da ONU, em Genebra.
Metroviários de São Paulo
A mobilização em apoio aos metroviários de São Paulo demitidos continua recebendo solidariedade de entidades e pessoas de todo o mundo. Além das ações de solidariedade locais e nacionais, como o ato em São Paulo realizado no dia 12 de junho, abertura do Mundial, entidades internacionais também realizaram protestos em defesa dos trabalhadores demitidos e contestando os gastos da Copa no Brasil enquanto os investimentos em serviços básicos no país são abandonados. As duas pautas têm suas reivindicações cruzadas, uma vez que o país carece de transporte público de qualidade e é palco de um megaevento que tem colocado direitos básicos de greve e de manifestação em xeque.
A paralisação de cinco dias dos metroviários teve como punição a demissão de 42 trabalhadores, o bloqueio da conta do sindicato e multa pelos dias de greve. O ato realizado em São Paulo no dia da abertura da Copa – 12 de junho - também tinha como bandeira a reintegração dos grevistas demitidos, e foi duramente reprimido pela polícia militar, com bombas e balas de borracha.
A Rede Internacional Sindical de Solidariedade e Lutas, da qual a CSP-Conlutas faz parte, tem colhido mensagens de apoio aos metroviários e os registros das ações que aconteceram pelo mundo questionando a atuação da Fifa e dos governos repressores.
Algumas entidades internacionais já enviaram moções de apoio aos demitidos e de acordo com o movimento “Na Copa Vai ter Luta”. É o caso da Solidaires, da França, de diversas seções sindicais, da CGT,da Espanha, de Lisboa, Portugal, de trabalhadores hondurenhos, do Reino Unido, de Nova Iorque, ferroviários da Argentina, trabalhadores em educação de El Salvador, bancários da Espanha, da CNT, na França, organização da juventude de Bruxelas, Bélgica, bancários da Alemanha, trabalhadores da indústria automobilística do Irã, de movimentos sociais da Turquia, entre outros.
Fonte: ANDES-SN
Foto:Divulgação
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)