Governo recebe grevista, mas negociação ainda patina
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Atualizada em
02/07/14 16h27m
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MEC volta a se reunir com Sinasefe e Fasubra no próximo dia 9
Pressionado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mandou o governo sentar à mesa de negociação com os servidores técnico-administrativos em greve, da Fasubra, e também docentes em greve que são da base do Sinasefe, a primeira reunião foi chamada para terça, 1º de julho. Todavia, conforme relato das duas entidades, houve poucos avanços após a primeira rodada de conversas. Um novo encontro, com a intermediação do Ministério da Educação (MEC), foi marcado para a próxima quarta, 9 de julho, quando a promessa é que será construído um cronograma de reuniões para que essa negociação se efetive.
Os representantes da Fasubra cobrou na reunião desta terça uma agenda para a abertura do processo de negociação em si, garantindo que tal processo tenha início, meio e fim, com a maior brevidade possível para que a categoria possa avaliar na próxima plenária nacional se houve ou não avanços concretos. A representação do Governo se comprometeu a negociar, mas afirmando que o processo é complexo, e que exige esforço das duas partes de forma a se chegar a acordos e também em desacordos.
Já os dirigentes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, saíram extremamente decepcionados da reunião. Segundo a entidade, que deveria ser um encontro para avançar nas pautas que o governo já conhece tão bem, somente serviu para ampliar a indignação e a frustração da categoria quanto ao processo de negociação com o movimento paredista em curso.
Segundo relato do Sinasefe publicado no site da entidade, o governo manteve a postura de reivindicar os acordos de 2012, tanto para técnico-administrativos quanto para docentes. O Sindicato rebateu esse argumento, reafirmando que o acordo para os professores de 2012 não foi assinado pelo Sinasefe, mas por uma “pseudoentidade que sequer representa nossa base”.
Judicialização
O Sinasefe também afirma que demonstrou boa vontade em abrir uma negociação efetiva, no momento em que acenou, na última plenária (plena) da entidade, para o fim da greve. Apesar disso, os representantes do governo (Planejamento, Educação e Advocacia Geral da União) preferiram reafirmar que possuem uma decisão liminar da Justiça e com isso querem pautar o fim da greve.
Para a direção sindical, o Direito de Greve da categoria tem que ser reafirmado e precisa ser respeitado pelo Governo. O Sinasefe também rechaça a postura dos órgãos governamentais de, ao invés de negociar, judicializar o movimento paredista. O que se ouviu dos governistas, na reunião, conforme o sindicato, foi mais um “não” como resposta às reivindicações, o que se choca com os constantes benefícios do governo concedidos, como a isenção de impostos para viabilizar os jogos da Copa do Mundo, além de incentivos bilionários ao agronegócio.
Fonte: Sinasefe e Fasubra
Foto: Sinasefe
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)