Reitor negocia com estudantes a desocupação de gabinete
Publicada em
07/10/14 18h08m
Atualizada em
07/10/14 18h12m
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Estudantes querem revogação da resolução que trata da moradia estudantil
O reitor da UFSM, Paulo Burmann, continuava até o final da tarde desta terça, 7, negociando a desocupação do seu gabinete, que fica no quinto andar do prédio da reitoria, no campus de Santa Maria. A ocupação foi realizada por grupos estudantis, com apoio do Diretório Central (DCE), e que reivindica a revogação de uma resolução aprovada na reunião do Conselho Universitário (Consun) do dia 27 de setembro, qualificada pelos estudantes como uma ingerência na autonomia nas casas de estudantes. Aproximadamente 60 pessoas ocupam a sala do reitor e prometem deixar o local somente na sexta, 10 de outubro, quando ocorre, pela manhã, nova reunião do Consun.
Conforme Marionaldo Ferreira, assessor do reitor, Burmann está sensível às reivindicações dos estudantes e se comprometeu a colocar novamente em pauta para rediscussão, a resolução que trata da moradia estudantil. O dirigente da UFSM também teria se comprometido a defender a posição dos estudantes no Conselho. Contudo, Ferreira ressalta que uma das questões solicitadas pelos ocupantes, que é a revogação da resolução “ad referendum” do Consun, não poderá ser atendida. Segundo o assessor, Burmann não passará por cima de uma decisão do Conselho. Ferreira garante também que a reitoria não pedirá a desocupação do gabinete na Justiça.
Ouvido pela assessoria de imprensa da Sedufsm, Alex Monaiar, do DCE, destacou que os estudantes não aceitam o “retrocesso” que é a perda da autonomia por parte da diretoria das Casas na gestão das vagas. Segundo ele, não podem concordar que o pró-reitor de Assuntos Estudantis dentro de um Conselho de Moradia Estudantil possa ter o voto de minerva.
Outro tema levantado pelos estudantes é a questão da moradia indígena. Diversos cartazes espalhados pelo prédio da Administração Central reivindicam uma Casa do Estudante indígena. Atualmente, conforme Monaiar, existem 17 indígenas morando na Casa e, em 2015, deverão ingressar mais 21.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm