Bancada sindical no Congresso sofre queda, analisa DIAP SVG: calendario Publicada em 24/10/14 16h13m
SVG: atualizacao Atualizada em 24/10/14 16h41m
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Correlação de forças parlamentar terá efeitos nas mobilizações dos SPF em 2015

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Em 2015, a bancada sindical no Congresso cairá quase pela metade. As 83 representações que pautavam questões trabalhistas na esfera do Estado foram reduzidas, no pleito eleitoral deste ano, para 47 – dentre todos os partidos eleitos. Em contrapartida, cerca de 190 empresários foram eleitos e, ano que vem, assumem suas cadeiras. Os dados são do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) e expressam o pior cenário de representação institucional dos trabalhadores desde que Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) chegou à presidência da República, em 2002.

Na avaliação do DIAP, isso deve surtir efeitos diretos nos movimentos reivindicatórios dos servidores públicos federais (SPF) no próximo ano. As mobilizações por salários, ganhos inflacionários e reposição do quadro de pessoal tendem a crescer, independentemente do presidente eleito. É o que diz o analista político Antônio Augusto de Queiroz, diretor de documentação do Departamento. “O Congresso ficou mais conservador. A partir do ano que vem, vários ajustes serão feitos. Muitos não deverão agradar os trabalhadores. O enfraquecimento na representação causará uma lacuna preocupante. Com isso, a previsão é de que os atos de protestos se intensifiquem”, destacou Queiroz, ressalvando que a redução ocorre em uma conjuntura na qual os trabalhadores mais precisariam de uma bancada forte. 

Antes da gestão de Lula havia 44 sindicalistas na Câmara. Em 2002, este número saltou subiu para 74 e, em 2006 – quando do escândalo do mensalão – baixou para 54. Já no ano de 2010, a bancada sindical deu um salto, chegando aos 83 deputados. Agora, dos 47 que devem tomar posse em 2015, 32 foram reeleitos, e 15 são novos quadros. 

As explicações sugeridas pelo analista para entendermos o porquê de tamanha inexpressividade da bancada sindical nessas eleições giram em torno de três eixos principais:

- A priorização, dada pelos partidos, a candidatos com acesso aos financiadores de campanha ou oriundos da máquina pública ou partidária; as coligações inusitadas e vazias de conteúdo programático; e a preferência por candidatos que sejam ‘puxadores de votos’ com objetivo de captar recursos do partido e conquistar mais tempo na televisão.

Com a supremacia da bancada empresarial sobre a sindical, diversas investidas negativas devem vir contra os trabalhadores. Para Queiroz, duas se destacam como possíveis motes de protestos: a queda da quantidade de concursos públicos e a redução do número de cargos comissionados.

No que tange à mobilização no funcionalismo público, observa-se que houve um recrudescimento desde 2012, quando as categorias de SPF alertaram para a possibilidade de não vir nada de aumento salarial. Frente às greves nacionais – dentre essas, a dos docentes das universidades públicas federais -, o governo viu-se pressionado e ofereceu aumento de 15,8%, parcelado em três anos. A última parcela entrará nos contracheques em janeiro de 2015 e, depois, novas negociações terão de ser abertas.

Texto: Bruna Homrich, com informações de DIAP, Correio Braziliense e Valor Econômico

Foto: Google

Edição: Fritz R. Nunes

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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