Docentes presos e perseguidos em Rondônia SVG: calendario Publicada em 03/11/11 17h14m
SVG: atualizacao Atualizada em 03/11/11 17h26m
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UNIR em greve geral tem ameças e censura

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Professor na UNIR é preso pela Polícia Federal

Prisão de professor. Recorrentes ameaças de morte. Censura a jornalistas. Agressão a deputado. Até parece coisa da ditadura militar. Mas, infelizmente, não é. Revoltados com a caótica situação da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), os professores entraram em greve há 50 dias. Há 29 dias os estudantes se somaram à luta, ocupando a reitoria. A repressão veio em seguida. Agentes da Polícia Federal prenderam o professor Valdir Aparecido, do departamento de história, acusando-o de explodir uma bomba na universidade. Já o deputado federal Mauro Nazif (PSB), que tentava interceder, foi recebido a cacetadas pelos policiais.

Correm denúncias pela internet de que professores, estudantes e jornalistas estariam sendo ameaçados de morte. Um professor da área das humanas denunciou por email que está dormindo em casas alternadas, tamanho o seu medo. Diz também que não tem a quem recorrer, pois o corregedor da Polícia Federal seria “o mesmo que está perseguindo professores, jornalistas, estudantes e advogados”. Outro professor diz que a conivência do Governo Federal e do MEC quanto aos problemas na UNIR se dá ao fato de que o reitor é amigo pessoal de membros da executiva nacional do PMDB. O comando de greve teria procurado o poder executivo e saído de Brasília sem nenhuma solução.

O jornalista Everaldo Fogaça, editor do portal 'O Observador', foi outro que denunciou ameaças. O jornalista disse que o delegado Eduardo Brun de Souza o teria “ameaçado, constrangido e intimidado” por matérias publicadas em seu site que trariam a opinião dos grevistas. “Vou acionar a Advocacia Geral da União, o Ministério Público Federal e o Ministério das Comunicações para vasculhar sua vida e a deste site. Vou fechar este site” gritava o delegado, segundo relatos de Fogaça e de seu advogado. O jornalista disse que só se pronunciará em juízo. No site, que havia sido retirado do ar, é possível ver comentários ameaçadores em matérias sobre a UNIR.

A administração central da UNIR é acusada de não aplicar os recursos do REUNI na universidade, e supostamente desviá-los para a Fundação Riomar onde haveria esquemas de desvios de recursos para partidos políticos. O movimento reinvidica o afastamento do Reitor José Januário de Oliveira Amaral, responsabilizando-o por irregularidades detectadas pela CGU (Controladoria-Geral da União) na universidade. A Reitoria também é acusada de retaliação aos estudantes, ao não pagar bolsas de estudo, argumentando que a ocupação teria impedido o acesso aos arquivos eletrônicos localizados no prédio.

DESCASO – No início do ano a ADUNIR, seção sindical do ANDES-SN, já havia denunciado as condições precárias de educação na universidade. Em entrevista à SEDUFSM durante o Congresso do ANDES, a professora Valterlina Brasil, presidente da ADUNIR. “Com a implantação do REUNI vimos uma série de obras não concluídas dentro da universidade e um grande desgaste das estruturas já existentes. Hoje, alguns prédios não têm banheiro, e os banheiros que existem são em pavimentos superiores, ou seja, tem que chegar lá de escada, o que é ruim para idosos e cadeirantes. Não há água disponível para beber. O lixo não é retirado com a regularidade necessária. As sobras de material das obras não seguem padrão de segurança algum. A própria UNIR não segue padrões de segurança em relação à instalação elétrica e a possíveis incêndios”, disse a professora.

Texto: Mathias Rodrigues (estagiário) com informações de O Observador, O Globo e Revista Fórum
Foto: Rondoniagora
Edição: Fritz R. Nunes
Ass. de Imprensa da SEDUFSM

 

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