Professores da Sedufsm avaliam seminário do ANDES-SN SVG: calendario Publicada em 10/11/14 16h45m
SVG: atualizacao Atualizada em 10/11/14 16h48m
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Encontro reuniu cerca de 120 docentes de todo o país de 31 de outubro a 2 de novembro

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Sedufsm esteve representada no seminário pelos professores Adriano Figueiró e Luciano Miranda

O Seminário Nacional sobre Estrutura Organizativa do ANDES-SN representou um momento extremamente importante para a reflexão coletiva sobre as melhores formas de organização frente à realidade atual de descentralização espacial das Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras. A análise é do professor Adriano Figueiró, presidente da Sedufsm. Já para o professor Luciano Miranda, filiado à Sedufsm lotado no Cesnors, em Frederico Westphalen, o debate realizado no encontro foi enriquecedor no sentido de subsidiar o debate tanto do próximo congresso do ANDES-SN, como também junto aos filiados na base. Ambos os professores participaram do seminário, que ocorreu de 31 de outubro a 2 de novembro, em Brasília.

Figueiró destaca o debate sobre a compreensão do que significa a "organização por local de trabalho", que representa um dos princípios basilares da forma de organização do sindicato. Segundo ele, ao longo das discussões, ficou evidente que o entendimento sobre o local de trabalho representa a universidade a que o professor está vinculado, e não o campus onde ele atua ou a Unidade onde ele está lotado. Portanto, esclarece Figueiró, quando se define a IES como o local de trabalho, o que se pode concluir é que, respeitadas as especificidades existentes em cada campus ou Unidade, a luta sindical dentro da universidade representa uma luta unificada por melhores condições de trabalho frente a uma estrutura de gestão que é unificada.

Assim, explica o presidente da Sedufsm, resultou do seminário a demanda para que cada seção sindical discuta e implemente a melhor forma de organização interna, levando em conta a sua própria realidade, já que a experiência acumulada dentro do ANDES-SN demonstra que há vários caminhos possíveis. Além da multicampia, frisa Figueiró, outro ponto forte do seminário centrou-se na defesa das estruturas que possam continuar garantindo uma democracia horizontal dentro do sindicato, de maneira que qualquer filiado tem o direito de construir as suas propostas e submetê-las à discussão nas assembleias e na instância máxima do sindicato que é o Congresso do ANDES-SN. Essa é uma garantia, explica o professor, de que a diversidade de ideias e compreensões acerca da realidade das universidades brasileiras, especialmente aquelas concepções não hegemônicas, continuarão a ter um espaço garantido dentro do sindicato, enriquecendo o debate e qualificando a luta.

Eleições e proporcionalidade

O presidente da Sedufsm ressalta também o debate vigoroso que ocorreu com referência à introdução ou não das composições proporcionais para a diretoria do ANDES, já que a entidade é uma das poucas no âmbito dos SPFs em que isso ainda não acontece. Adriano Figueiró frisa que a introdução da proporcionalidade foi rejeitada de forma enfática pela maioria dos docentes justamente por que a avaliação da realidade atual dos sindicatos que adotam tal estrutura demonstra claramente uma ação mais lenta, frente à diversidade e, muitas vezes, ao antagonismo das forças que dividem a direção das entidades. Dessa forma, sublinha Figueiró, entendeu-se que a divergência e a disputa de ideias devem acontecer no processo eleitoral, mas, no momento em que uma chapa for eleita a partir do referendo de um conjunto de princípios por ela defendidos, a diretoria eleita deve ter condições de exercer de forma plena o mandato.

Realidade reconhecida

Para o professor Luciano Miranda, do Cesnors, o seminário do ANDES-SN foi extremamente importante para que fosse reconhecida a realidade dos múltiplos campi (multicampia), e da necessidade da incorporação de soluções, como assembleias descentralizadas e simultâneas com o suporte de tecnologias do tipo videoconferência. Miranda explica que esse tipo de reconhecimento é fundamental para os docentes que, como ele, estão lotados em um campus (Frederico Westphalen), distante da sede.

Miranda enfatiza ainda como relevante o debate sobre a questão da precarização do trabalho docente. Segundo ele, o cotidiano atual é que, por meio de resoluções, são impostas práticas produtivistas elaboradas externamente às Instituições Federais, a partir do MEC, passando pela Capes e CNPq. Essa produtividade exigida, sem a qual não se consegue avançar na carreira, é que tem levado os docentes a situações limites de estresse, destaca o professor. Nesse sentido, acrescenta Miranda, o Ensino a Distância (EaD) preenche um outro aspecto que necessita de profunda avaliação, pois a sua expansão não contempla um modelo de universidade com qualidade que tanto o movimento docente almeja.

Tarefa

Na análise do professor Luciano Miranda, uma das tarefas que se impõem para o sindicato é a de estimular cada vez mais a participação da categoria no debate sobre questões de extrema importância, que dão conta sobre projetos que atacam a autonomia da universidade e fragilizam a carreira. Para Miranda, é importante fortalecer a representação sindical, pois sem ela, os trabalhadores ficam expostos a uma conduta cada vez mais exploratória. “E preciso que tenhamos consciência para perceber a importância de fortalecer a representação sindical”, finaliza o professor do Cesnors.

Texto: Fritz R. Nunes

Foto: ANDES-SN

Assessoria de imprensa da Sedufsm

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