Estatuinte e os desafios para 2015
Publicada em
02/12/14 17h04m
Atualizada em
02/12/14 19h51m
160 Visualizações
Deflagração do processo ocorrerá após discussão e aprovação do Consu
O processo de elaboração da metodologia da Estatuinte na UFSM completará 8 meses no próximo dia 14 de dezembro. De lá para cá foram mais de uma dezena de reuniões da comissão provisória. A avaliação do coordenador da comissão, professor Clovis Guterres, é de que, mesmo que em ritmo lento, os avanços são visíveis. E não apenas porque a Estatuinte já tem uma identidade visual, lançada semana passada, mas especialmente porque os debates das reuniões progrediram em relação ao processo de escolha de delegados que trabalharão na reforma do estatuto, incluindo a discussão nas Unidades de ensino, entre os segmentos, além de buscar a participação da comunidade externa.
Guterres ressalta que a Estatuinte precisa ser “realista”, ou seja, que tenha clareza sobre limites de ordem legal que não podem ser ultrapassados, como por exemplo, a composição dos conselhos superiores. No entanto, explica ele, isso não impede que, mesmo com alguns limitadores, a universidade possa ser repensada. Mas, para isso, a comunidade universitária, e não só ela, precisa estar disposta a participar e apontar caminhos. E é justamente esse um dos grandes desafios para o atual processo estatuinte, que se estenderá ao longo de 2015. Convencer e empolgar os segmentos sobre a importância do debate em curso.
Na teoria, todos deveriam estar interessados em uma discussão que tem a ver com o futuro da instituição. Guterres lembra que a universidade tem crescido rapidamente e se tornado cada vez mais complexa. A própria sociedade também avança em diversos quesitos, e, sendo assim, a universidade precisaria acompanhar essas mudanças, frisa o professor. Contudo, um dos principais obstáculos para esse repensar da instituição é o envolvimento pleno das pessoas, hoje submersas na ciranda da produtividade.
Ao longo dos oito meses de atuação da comissão provisória, as reuniões que eram quinzenais, passaram a ser semanais para dar conta de todas as decisões que precisam ser tomadas. Todavia, o prazo para a entrega da proposta metodológica ao Conselho Universitário (Consu), que precisa discutir e aprovar o processo, inicialmente previsto para 16 de março de 2015, dependerá do ritmo de trabalho da comissão provisória. Ainda não está definido, por exemplo, se os membros da comissão conseguirão se reunir nos meses de recesso (janeiro e fevereiro).
Em que pese o ritmo, algumas vezes lento, Guterres mantém o otimismo e destaca que o debate tem uma essência política, e por isso, precisa encontrar seu próprio ritmo. “A Estatuinte não precisa ter pressa. O importante é trazer as pessoas a participar, ultrapassando os muros da própria UFSM”, finaliza.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm