Dados sobre desigualdade impactam, mas não surpreendem , diz docente SVG: calendario Publicada em 21/01/15 15h26m
SVG: atualizacao Atualizada em 21/01/15 15h32m
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ONG britânica noticiou que riqueza de 1% da população deve ultrapassar a dos 99% restantes

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A notícia de que em breve a riqueza acumulada pelo 1% mais rico da população mundial deve ultrapassar todo o patrimônio dos 99% restantes não despertou grande surpresa no professor do departamento de Ciências Econômicas, Sergio Prieb. Para ele, embora sejam impactantes, os dados vêm confirmar outras pesquisas, também divulgadas recentemente, e endossar, ainda, elaborações teóricas realizadas sobre a atualidade. Já em julho do ano passado, diz o docente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou estudo parecido e, em seu livro – Capital no século XXI, de 2014 – Thomas Piketty também contornava situação semelhante.

“Todos estes estudos atestam para o aumento da desigualdade social no mundo, quando 1% da população mundial detém mais riqueza que os restantes 99%. Mesmo sabendo que a desigualdade social faz parte da natureza do próprio capitalismo (é incontestável que o fim da União Soviética e dos demais países do bloco socialista contribuiu em muito para o aumento da desigualdade social no mundo), a própria crise econômica trouxe efeitos diferentes para as diversas classes sociais”, avalia Prieb. Um dos desdobramentos dessa grande concentração de renda seria o aumento da criminalidade. Para o docente da UFSM, não é por acaso que, num país tão desigual quanto os Estados Unidos, por exemplo, a população carcerária chegue a 2,2, milhões de presos – a maior do mundo.

Divulgado às vésperas da edição 2015 do Fórum Mundial de Davos – evento que reúne líderes da economia mundial -, o relatório foi elaborado pela organização não-governamental britânica Oxfam e explicita a curva ascendente da concentração de renda nos últimos anos: em 2009, o 1% mais rico concentrava 44%; já no ano passado, passou a ter nas mãos 48% da riqueza mundial. Em 2016, se o ritmo atual de crescimento for mantido, tal porcentagem deve superar os 50%.

A diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima, chamou de chocante os números a que se chegou. “Apesar de o assunto ser tratado de forma cada vez mais frequente na agenda mundial, a lacuna entre os mais ricos e o resto da população continua crescendo a ritmo acelerado”, diz.

Desigualdade também entre os 99% restantes

Entre os 99% que não integram a casta dos mais ricos do planeta, a desigualdade também é observada. Em seu estudo, a Oxfam apontou que, embora os 99% detenham hoje 52% da riqueza mundial, cerca de um quinto detém 46%.

Isso significa que a maior parte da população é dona de apenas 5,5% das riquezas mundiais. Em média, os membros desse segmento tiveram uma renda anual individual de cerca de R$ 10.000 em 2014, em contraposição aos R$ 7 milhões anuais arrecadados pelos membros do 1% mais rico.

Prieb aponta a tributação sobre grandes fortunas e patrimônios como, talvez, a ação mais necessária no momento para reduzir a intensa concentração de renda. “Medidas necessárias tem de ser tomadas. Medidas essas que não acabam com a desigualdade (como disse anteriormente, esta é inerente ao próprio modo de produção capitalista), mas podem trazer a desigualdade para níveis menos vergonhosos que os mostrados pela pesquisa da ONG britânica”, conclui o docente.

 

Texto: Bruna Homrich, com informações de UOL

Imagem: Google

Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

 

 

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