Veto de Dilma à correção do IR prejudica trabalhador
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Atualizada em
22/01/15 18h42m
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Pessoas com baixa remuneração são as mais afetadas por decisão
O veto da presidente Dilma Rousseff à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda (IR) das pessoas físicas prejudica a parcela de trabalhadores que detêm baixa remuneração. Isso porque, se aprovada, a correção, prevista na Medida Provisória (MP) 665/2014, isentaria as pessoas que recebem até R$ 1903,98 de contribuírem. “A não correção da tabela de Imposto de Renda é uma das maiores injustiças tributárias que temos hoje no país. Atualmente, o limite de isenção é de R$ 1.787,00. Se aplicássemos a defasagem de 64%, a isenção saltaria para R$ 2. 935,00”, explicou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), Cláudio Damasceno. A notícia sobre o veto de Dilma foi publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira, 20.
Conforme estudo do Sindifisco, com o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014 em 6,41%, a defasagem da tabela acumulada desde 1996 chega a 64,28%. O índice oficial de inflação e os reajustes salariais que ultrapassam os 8% levaram muitos contribuintes a ter de descontar IR ou mudaram de faixa de alíquota, pagando mais impostos.
Na última segunda-feira, 19, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou ainda medidas de aumento de tributos para reforçar a arrecadação do governo. De acordo com o ministro, o objetivo é obter este ano R$ 20,6 bilhões em receitas extras. A maior arrecadação virá da elevação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis e do retorno da Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Fonte: ANDES-SN/Sindifisco Nacional
Imagem: ANDES-SN
Edição: Bruna Homrich