34º Congresso aponta para a luta contra ataques do governo SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 23/02/15 23h33m
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Presidente do ANDES-SN diz que só a organização pode barrar ataques aos trabalhadores

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Mesa de abertura do 34º Congresso do ANDES-SN

Os direitos dos trabalhadores, sejam eles do setor público ou privado, não estão apenas sob ameaça - eles estão sendo atacados. Para o presidente do ANDES-SN, professor Paulo Rizzo, somente a organização dos trabalhadores pode barrar esses ataques. Durante a abertura do 34º Congresso do ANDES-SN, na manhã desta segunda, 23, em Brasília, o dirigente sindical ressaltou que, o que está acontecendo, por exemplo, no Paraná, estado em que o governo do PSDB tentou uma reforma que derrubava diversos direitos do funcionalismo, não é muito diferente do que está acontecendo em outros estados, e mesmo em âmbito federal.

Paulo Rizzo diz que, quando questionado sobre se haveria uma contradição entre o governo Dilma afirmar que o Brasil é a “pátria educadora” e o corte de recursos de R$ 7 bi para a educação, ele responde que não vê contradição. No entendimento do presidente do ANDES-SN, a visão governamental é sim assentada em um modelo de educação, mas dentro dos parâmetros do capital. Rizzo acredita que, se não houver mobilização, o governo não voltará atrás nas medidas que vem adotando, pois, segundo ele, a política de ajuste fiscal é para cortar benefícios e não para conceder direitos.

‘Momento delicado’

Dentre as entidades convidadas e que participaram da solenidade inicial do Congresso do ANDES-SN está a Confederação de Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), entidade filiada à CUT. Representando a entidade falou Rogério Expedito, que ressaltou a importância da conquista, que é o direito de greve, enfatizando a necessidade de haver unidade para barrar os ataques do governo federal.

Já para Paulo Barela, da CSP-Conlutas, também presente na abertura do 34º Congresso, os trabalhadores vivem um momento delicado, pois governo e patrões estão unidos para reduzir direitos duramente conquistados. No entendimento de Barela, a unidade dos trabalhadores deve ser construída, mas ela precisaria ser feita em cima de temas concretos, como por exemplo, a derrubada das MPs 664 e 665, editadas em janeiro deste ano, e que suprimiram diversos direitos dos trabalhadores, e não com base na reforma política, como estariam reivindicando alguns setores cutistas.

Rogério Mazola, que representou a Federação dos Servidores das Universidades Brasileiras (Fasubra), enfatizou que a conta que resulta da crise econômica que afeta o Brasil não pode ser paga pelo setor educacional e muito menos pelos trabalhadores. A partir dos cortes efetuados pelo governo na pasta da educação, disse ele, fica ainda mais difícil cumprir o compromisso de investir os 10% do PIB na educação.

Saúde

Além da educação, a saúde pública também está sofrendo com as políticas de ajuste fiscal e de avanço do setor privado. Segundo Gustavo Gomes, da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, uma iniciativa recente que causa preocupação é a abertura do setor de saúde para investimento da capital estrangeiro, o que atropela a concepção existente sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa se deu através da MP 656-14, que foi transformada em projeto de lei de conversão nº 18 de 2014, ganhando apoio no Congresso Nacional.

E a outra questão que afeta a saúde pública é a aprovação do “orçamento impositivo” por parte dos parlamentares federais. Conforme Gomes, o cumprimento dessa decisão significa que os políticos podem retirar recursos do orçamento de qualquer área, inclusive da saúde, para cumprir as emendas apresentadas pelos parlamentares. Gomes enfatizou a necessidade de mobilizar para fazer eco contra essas iniciativas privatizantes. Uma das mobilizações acontece no dia 6 de março, no Rio de Janeiro, quando haverá um ato contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Cultura

Precedendo a solenidade de abertura do 34º Congresso, para o qual são esperados mais de 400 professores de todo o país, e no qual a Sedufsm tem sete participantes, ocorreu a tradicional apresentação cultural, Abrilhantou o início dos trabalhos o grupo de meninas “Zé do Pife e Juvelinas”, que tocam diversos instrumentos musicais, como o pífano (flauta feita de bambu ou de cano pvc), o triângulo, o chocalho, o bumbo, com o objetivo de resgatar a cultura nordestina, especialmente o trabalho do artista pernambucano Zé do Pife (Francisco Gonçalo da Silva), que vive há mais de 20 anos em Brasília. O grupo foi criado em 2007 e mais informações podem ser buscadas em www.zedopifejuvelinas.com.br

Trabalhos

O 34º Congresso do ANDES-SN teve ainda nesta segunda-feira a plenária de instalação, que abordou questões regimentais do evento, entre outros aspectos, e já entre o meio da tarde e o início da noite a plenária tratando da conjuntura e da centralidade da luta. Nesta terça, o encontro prossegue com os grupos mistos de trabalho. O Congresso encerra no sábado, dia 28.

Texto: Fritz R. Nunes

Fotos: Bruna Homrich

Assessoria de imprensa da Sedufsm

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