CSP-Conlutas: unidade será com quem enfrenta o governo
Publicada em
24/02/15 11h51m
Atualizada em
24/02/15 11h56m
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Sindicalista diz que greve dos servidores ainda está em construção
Uma das palavras mais ouvidas recentemente em diversos setores do sindicalismo é “unidade”. Mas, como construir essa unidade diante de pontos de vista tão díspares? Em entrevista à assessoria de imprensa da Sedufsm, ainda no primeiro dia do 34º Congresso do ANDES-SN, Paulo Barela, que faz parte da coordenação da CSP-Conlutas, disse que a unidade se dará com aqueles setores que efetivamente querem enfrentar a política econômica do governo que ataca os trabalhadores, gerando demissões e redução de direitos.
Barela afirma que a busca de ações unitárias vem sendo construída no espaço ‘Unidade de Ação’, que congrega todas aquelas organizações que não concordam com o atrelamento sindical ao governo e estão dispostas a lutar, e também no Fórum das Entidades de Servidores Federais. O dirigente da CSP-Conlutas diz que seria importante que outras centrais sindicais como a CUT, Força Sindical, CTB, participassem da organização das atividades que exigem, por exemplo, a derrubada de medidas provisórias (MPs 664 e 665) que reduzem direitos dos trabalhadores. No entanto, “não vamos ficar esperando pelas centrais”, frisa Barela.
O representante da CSP-Conlutas cita como exemplo importante de resistência frente às medidas de cortes do ajuste fiscal, o que vem acontecendo com os trabalhadores da General Motors de São Paulo. Em função da demissão de aproximadamente 800 trabalhadores, o sindicato lidera a campanha “Demitiu, parou”. Ou seja, enquanto não forem suspensas as demissões, os trabalhadores se mantêm em greve.
Servidores e a greve
Perguntado se a greve é iminente no serviço público federal, Paulo Barela respondeu que o debate sobre a possibilidade de um movimento paredista vem sendo feito junto ao Fórum Nacional de Entidades de Servidores, mas que o processo ainda está em construção.
Conforme o dirigente da CSP-Conlutas, a mobilização prevista para o mês de março indicará a temperatura na disposição à luta por parte do funcionalismo. A jornada com marchas e acampamentos nos dias 7, 8 e 9 de março, em Brasília, dará uma mostra se a greve é uma possibilidade concreta. Barela diz que no entendimento da central sindical, um movimento grevista é necessário, pois não acreditam que o governo recuará na política de cortes, que afeta os trabalhadores em todos os setores.
Texto: Fritz R. Nunes
Foto: Bruna Homrich
Assessoria de imprensa da Sedufsm