34º Congresso reafirma direito a creches públicas e de qualidade
Publicada em
27/02/15 18h33m
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ANDES-SN também garantirá espaços de convivência infantil em suas atividades
Na manhã desta sexta-feira, 27, os docentes reunidos no 34º Congresso do ANDES-SN reafirmaram a defesa da entidade à garantia de creches públicas e de qualidade nos locais de estudo e trabalho das Instituições de Ensino. Durante a discussão apontou-se a importância de tais espaços terem financiamento estatal, contrapondo-se a uma tática comumente adotada em algumas universidades, que é a municipalização dos espaços de educação infantil. No período noturno, ainda, os congressistas entenderam a necessidade de construção de espaços de convivência infantil.
Marcelo Pustilnik Vieira, professor do departamento de Fundamentos da Educação da UFSM e membro da delegação da SEDUFSM no Congresso, ressaltou que durante muitos anos travou-se uma luta histórica no campo da educação para que o direito da criança fosse assistido. “Em Santa Maria nós temos um espaço de educação infantil federal com concurso público. Acho justo que se reivindique um espaço de convivência dentro dos eventos”, diz o docente, referindo-se a outro texto de resolução, aprovado no plenário, que versou sobre o ANDES-SN garantir, em todos seus eventos, espaços de convivência infantil para que a responsabilidade com os filhos não impeça a participação dos docentes nas atividades.
Para a professora do departamento de Enfermagem da UFSM e diretora da SEDUFSM, Maria Celeste Landerdahl, a decisão é uma conquista, pois muitas mulheres e homens não comparecem às atividades de militância já que não têm com quem deixar seus filhos pequenos. Contudo, acredita que ainda é preciso avançar mais, e como um dos pontos a serem melhor discutidos ela salienta a viabilização dos recursos para a vinda das crianças.
1% do PIB para o combate à violência de gênero
Ainda na plenária do tema II – Políticas Sociais e Plano Geral de Lutas – deliberou-se que o Sindicato Nacional irá divulgar e fortalecer o abaixo-assinado, construído pelo Movimento Mulheres em Luta (MML) da CSP-Conlutas, que exige a aplicação de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para o combate à violência contra a mulher.
Lana Bleicher, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), comenta a importância dessa pauta, especialmente quando se percebe que grande parte da riqueza produzida no país tem sido destinada ao pagamento da dívida pública ou apropriada de forma privada. “Quando estabelecemos a relação [do combate à violência de gênero] com o PIB, mostramos esse componente político. É esse o motivo, também, de estarmos dando tanta importância aos 10% do PIB para a educação pública”, diz a professora, aproveitando para lembrar que o abaixo-assinado está disponível a quem desejar encorpá-lo.
“Toda e qualquer iniciativa, seja por abaixo-assinado ou outro instrumento, que tenha como objetivo a defesa dos direitos das mulheres e o enfrentamento à violência de gênero é bem-vinda”, observa Maria Celeste, que integra a delegação da SEDUFSM no Congresso e vê, nessa medida, a possibilidade de fortalecer as políticas públicas para as mulheres.
Com mais de 400 participantes, o evento ocorre em Brasília até este sábado, 28.
Texto: Bruna Homrich
Fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM