Escassez de recursos da universidade repercute no Consu Publicada em
Atualizada em 13/03/15 16h32m
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Nas cerca de duas horas da reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consu) na manhã desta sexta, 13, aproximadamente uma hora foi usada para abordar a crise da falta de recursos das universidades federais. O assunto foi levantado pelo próprio reitor, Paulo Burmann, que relatou a sua posição e de outros dirigentes de universidades, que em reunião recente da Associação Nacional (Andifes), teriam cobrado que a entidade exercesse uma pressão mais intensa sobre o governo, e também sobre os parlamentares, para que estes votem o orçamento de 2015.

A mobilização da Andifes, que dias atrás, se reuniu com a Frente em Parlamentar em Defesa da Universidade, parece ter surtido algum efeito. Conforme o reitor da UFSM, o governo teria sinalizado que, ainda para o mês de março, o recurso a ser destinado às Instituições Federais será na ordem de 1/12 avos, e não 1/18 avos como vem ocorrendo desde o início do ano. Joeder Soares, pró-reitor adjunto de Planejamento, contatado pela assessoria da Sedufsm, disse que ainda faltam mais detalhes sobre essa sinalização do governo federal, mas em se configurando essa situação, o repasse será baseado no orçamento projetado para este ano.

Na explanação feita por Burmann, ele fez questão de ressaltar que a postura dos reitores tem que ser de cobrança, seja ao governo ou aos parlamentares. “Nós representamos a comunidade, não somos o governo”, enfatizou. O dirigente da UFSM, que também preside o Consu, citou ainda a elaboração de um plano contingenciamento interno, que está sendo pensado, para a racionalização dos gastos. Segundo ele, já vinha sendo planejado, independente do contingenciamento de recursos. Contudo, Burmann, a exemplo do que ocorreu na reunião do CEPE de quinta, 12, admitiu que a situação em termos de recursos, para dar seguimento às obras e outros compromissos, é preocupante.

O reitor disse que havia uma sinalização do governo federal de que o recurso orçamentário que não foi gasto em 2014 seria repensado pelo governo para ser repassado em 2015. Entretanto, as informações mais recentes são de que esse recurso, que ficou para trás, virá a ser integralizado ao orçamento da universidade somente para 2016 ou 2017. Todavia, Burmann enfatizou que, mesmo com redução orçamentária, as obras não vão parar e as aquisições de equipamentos necessárias serão efetuadas.

‘Não podemos cruzar os braços’

Helenise Sangoi Antunes, que além de diretora do Centro de Educação é integrante do Consu, concordou com a postura de os reitores cobrarem do governo uma posição, bem como dos parlamentares. “Não podemos cruzar os braços e deixar que ocorra como no Paraná, em que o governador está fechando universidades estaduais”, disse ela.

Helenise comentou ainda que a UFSM tem autoridade de cobrar do Executivo uma posição em relação ao repasse de recursos, especialmente porque a universidade foi além do previsto na implantação do Reuni e agora não pode ser abandonada. Ela conclamou a todos para que seja feita uma pressão junto aos parlamentares federais no sentido da aprovação orçamentária. Segundo ela, o que tem sido feito, com a não aprovação, é uma “irresponsabilidade”.

Texto: Fritz R. Nunes

Foto: Multiweb

Assessoria de imprensa da Sedufsm