Sindicato vê novo ministro da Educação como “produtivista” SVG: calendario Publicada em 06/04/15 16h40m
SVG: atualizacao Atualizada em 06/04/15 16h43m
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ANDES-SN teme que diante da crise sejam aprofundadas as terceirizações

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Presidente Dilma Rousseff empossou Renato Janine Ribeiro nesta segunda-feira

O novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia da USP, é um personagem da universidade, pesquisador ‘A’ do CNPq e que defende o produtivismo enquanto regra. “Vemos com preocupação porque ele tende a aprofundar essas políticas produtivistas”, afirmou Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, em entrevista à assessoria de imprensa da Sedufsm. O dirigente do sindicato também manifestou preocupação em relação à ideia lançada no ano passado, pela Capes, sobre a contratação de docentes via Organizações Sociais (OS).

Na avaliação de Rizzo, o nome do titular para a pasta da Educação é o menos importante neste momento. O fato concreto é que o ministério está sem recursos devido à política de ajuste fiscal. E aí, segundo ele, o que causa inquietação é que as medidas que se têm em perspectiva para superar o ajuste fiscal são as que levam à ampliação da terceirização. “Quando o Ministério do Planejamento coloca que o ajuste fiscal é o que vai definir as negociações salariais, isso significa que, se não tiver dinheiro para contratar pessoal e ter uma política salarial decente, a saída será ampliar as terceirizações”, destacou Rizzo.

O presidente do ANDES-SN comentou ainda sobre a iniciativa da Associação dos Dirigentes (Andifes) de estimular a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública. Para Rizzo, a ação é importante, mas não resolve o problema das universidades. “A posição do ANDES-SN é de que os reitores assumam sua autonomia e cobrem do governo os recursos de que a universidade precisa”.

Classe média

Para Osvaldo Coggiola, professor de História Contemporânea, colega de Renato Janine Ribeiro na USP, os antecedentes do agora ministro da Educação não são bons. Na instituição, Ribeiro chegou a apresentar uma proposta (que fracassou) de criar um curso elitista sobre “humanidades”. Coggiola lembra ainda que Ribeiro, na condição de coordenador de avaliação da Capes, nada fez para quebrar a lógica produtivista. Na análise do historiador, que é também diretor da Adusp, a nomeação de Renato Janine Ribeiro parece querer demonstrar por parte do governo, uma tentativa de abertura junto à classe média paulistana.

Sem ilusões

Na avaliação do professor Adriano Figueiró, presidente da Sedufsm, a nomeação de Renato Janine Ribeiro sinaliza, por parte do governo, para uma tentativa de apagar a má impressão da indicação de Cid Gomes, pondo à frente da pasta alguém de “dentro da academia”. No entanto, diz Figueiró, ninguém se ilude com o nome de Ribeiro.

Para o dirigente da Sedufsm, “ele (Ribeiro) tem um histórico bastante conservador, na defesa de um projeto de universidade produtivista, seja pela passagem dele pela SBPC quanto pela própria Capes. Ainda assim, a entrevista que ele deu antes da indicação, chamando a presidente Dilma Rousseff de autoritária e dizendo que este governo decepcionou, me deixam na dúvida se isso é um sintoma de autonomia política dele ou se é mais um jogo de cena do governo de dizer que está privilegiando o caráter ‘técnico’ da indicação.”

Entrevista

Nesta segunda, 6, o jornal Folha de São Paulo e o portal UOL publicaram uma entrevista com o ministro Renato Janine Ribeiro, que tem como título “Ministro quer universidades federais mais engajadas no ensino básico”. Para conferir a entrevista, clique aqui.

Texto: Fritz R. Nunes

Foto: Divulgação

Assessoria de imprensa da Sedufsm

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