Jornal da Sedufsm volta às mãos dos sindicalizados
Publicada em
13/05/15 18h51m
Atualizada em
14/05/15 18h28m
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Edição deste mês aborda temas como o adoecimento docente e o Reuni na UFSM
Neste mês de maio, a Sedufsm colocou na rua novamente o jornal impresso da entidade. Fora de circulação desde meados do ano passado, o material chega de cara nova às mãos dos sindicalizados. E, além do novo layout, traz matérias que refletem o momento político por que passa o país e os aspectos disso no cotidiano do fazer docente. Na matéria de capa, por exemplo, aponta os primeiros passos da mobilização dos professores federais em Santa Maria, costurando as deliberações e debates aqui realizados com as perspectivas nacionais do ANDES-SN e do conjunto do funcionalismo público federal.
Já a reportagem central aborda uma temática que, embora cada vez mais presente no interior da categoria, ainda carece de problematização e enfoque: o adoecimento, especialmente o psíquico, decorrente do trabalho. A partir de dados coletados com o Setor de Qualidade de Vida da UFSM, detectou-se que os transtornos mentais e comportamentais são, hoje, os problemas que mais afastam professores das salas de aula por aqui. Partindo da aparência do fenômeno – adoecimento – rumo à sua essência, apontamos que os quadros de depressão e os variados transtornos podem estar, sim, vinculados à desvalorização profissional, à sobrecarga de trabalho, ao produtivismo docente. Esse último, em especial, tem levado os docentes a dedicarem uma parcela grande demais de seu tempo ao trabalho, deixando de viver os demais aspectos da vida – o papel de pai, de mãe, de filho, de marido, de amiga, de indivíduo, etc.
Não em descompasso com a questão da saúde física e mental, a entrevista aborda a expansão da UFSM via Reuni, num caráter de denúncia, a partir de dados concretos, da situação de precarização a que esse projeto tem levado as universidades. Conversamos com Maristela Souza, professora do Departamento de Desportos Individuais e coordenadora do projeto que visa diagnosticar o Reuni em Santa Maria. Para a docente, o governo federal apropriou-se de uma bandeira histórica dos movimentos sociais e sindicais – ampliação do acesso ao ensino superior – e concedeu a essa um trato absolutamente pragmático. Expandiu, mas sem condições de trabalho, de estudo e de permanência. Esse é outro quadro que tem levado ao adoecimento de professores e ao não cumprimento das metas colocadas no próprio projeto do Reuni.
Greves na educação e reforma política
Circulando por esferas que transcendem a universidade, o jornal faz uma breve retrospectiva de duas grandes greves na educação básica brasileira nestes primeiros meses do ano. Em São Paulo e no Paraná, professores colocaram-se em luta, foram vítimas da repressão do Estado e conseguiram romper, em determinados momentos, o bloqueio e a desinformação propagados pela mídia hegemônica.
Na editoria Opinião, a Sedufsm procurou alguns professores para responderem à questão: a reforma política seria uma via para se combater a corrupção no país?
Dentre diversas outras editorias, o jornal deste mês ainda traz o perfil do professor Fernando Villarraga-Eslava, do departamento de Letras Vernáculas da UFSM, e alguns trabalhos e concepções do professor aposentado do departamento de Física, Dartanhan Baldez Figueiredo, sobre o ofício de fotografar.
Quem desejar pode acessar aqui a versão online do jornal.
Texto e foto: Bruna Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm