Professor da UFSM rejeita greve neste momento SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 28/05/15 01h47m
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Assembleia decidiu manter mobilização e reavaliar o quadro em junho

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Professor Claudio Losekann fez uma explanação para os participantes da plenária

A assembleia dos professores da UFSM, que ocorreu na tarde desta quarta, 27, em Santa Maria, e também em Palmeira das Missões, abrangendo os que estão lotados no Cesnors, decidiu por não deflagrar greve neste momento. A orientação pela deflagração do movimento grevista para o dia 28 de maio havia sido orientada pela reunião do Setor das Federais do ANDES-SN. Entretanto, no caso da UFSM, a decisão por ampla maioria – 189 votos contra 57- foi de não entrar em greve. Além disso, foi consenso entre os presentes de que é preciso a manutenção da mobilização, com discussões nos centros de ensino e nos campi, com o objetivo de apontar estratégias de pressão ao governo. Após esse processo, a realização de nova assembleia no mês de junho, em data a ser definida, para reavaliar o quadro e, dependendo, a ideia de um movimento paredista pode ser retomada caso o governo se mantenha sem dialogar sobre as pautas reivindicatórias.

Após o fim da plenária, alguns docentes que participavam do encontro ofereceram seus nomes para compor a comissão de mobilização. A diretoria da Sedufsm já marcou a primeira reunião dessa comissão para a próxima sexta, 29 de maio, às 10h, no Auditório Sérgio Pires.

O debate sobre a deflagração ou não de greve foi precedido de uma série de informes, tanto da movimentação do conjunto dos servidores federais, cujo relato foi dado pelo professor Getúlio Lemos, como pelo panorama da situação dos técnico-administrativos, que iniciam greve nesta quinta, 28. Loiva Chansis falou em nome da Assufsm.

O 1º tesoureiro da Sedufsm, Claudio Roberto Losekann, ocupou o espaço para fazer a análise de conjuntura, momento em que apresentou detalhes sobre o impacto dos cortes orçamentários efetuados pelo governo. Losekann citou números para ratificar o tamanho dos prejuízos que a universidade está sofrendo com o ajuste fiscal e apresentou fotos de obras que estão paradas na UFSM em função da falta de liberação de recursos por parte do Governo Federal. O dirigente da Sedufsm também relembrou a importância da carreira dos professores, construída após a greve de 1987, garantindo uma série de direitos e vantagens, e que foi desestruturada nos últimos anos.

A análise de conjuntura foi realizada somente após uma primeira votação que, por 61 a 59, decidiu pela manutenção desse item na pauta. Isso porque alguns professores da plenária queriam suprimir esse ponto, partindo direto para o debate sobre a deflagração de greve, inclusive estabelecendo um teto máximo de somente uma hora para a discussão, sob a alegação de que não havia necessidade de se fazer análise conjuntural pelo fato de os professores universitários serem "pessoas bem informadas".

Argumentos

Um dos argumentos usados contra a deflagração de um movimento grevista foi do professor Rogério Severo. Segundo ele, a greve é um instrumento legítimo, mas que no caso dos professores, tem peculiaridades que precisam ser observadas. Segundo ele, diferente de uma fábrica, em que os prejudicados são os patrões, no caso da educação, os prejudicados seriam os alunos e não o governo.

Já para o professor Clayton Hillig, os motivos para um movimento paredista são claros. Segundo Hyllig, a defasagem salarial, que já estaria sendo sentida no bolso, os cortes orçamentários que afeta todas as universidades, demonstram que é preciso pressionar o governo, e a greve seria o instrumento que os trabalhadores possuem. Hyllig ainda questionou: “como vamos falar em expansão, em expandir com qualidade, se os recursos para a universidade estão sendo reduzidos?”.

Quando a mesa de trabalhos, que foi dirigida pelos professores Julio Quevedo, Claudio Losekann, Getúlio Lemos e Márcia Paixão, foi questionada sobre a questão de previsão de novos reajustes para os professores, a informação dada é de que não há, por enquanto, qualquer previsão de novos reajustes entre 2016 e 2018.

Votação

Os números da votação em relação a entrar ou não em greve foram os seguintes:

Santa Maria: 170 contrários à greve; 44 favoráveis e 5 abstenções.

Palmeira das Missões: 19 contrários à greve; 13 favoráveis.

O total da votação: 189 contrários à greve; 57 favoráveis e 5 abstenções.

Somando todos os votos, o número total de docentes que participaram da plenária supera 250.

Paralisação em 29 de maio

A diretoria da Sedufsm reiterou, durante a assembleia, que na sexta, 29 de maio, os professores farão paralisação na UFSM. A decisão foi tomada na assembleia do dia 14 de maio, e significa a adesão ao Dia Nacional de Paralisação, chamado pelas centrais sindicais em todo o país, contra o projeto das terceirizações e contra o ajuste fiscal do governo Dilma.

Texto: Fritz R. Nunes

Fotos: Rafael Balbueno

Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

 

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