“É preciso resgatar dívida histórica com os que lutaram” SVG: calendario Publicada em 16/06/15 18h36m
SVG: atualizacao Atualizada em 16/06/15 18h47m
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Comissão da Verdade da UFSM foi instituída oficialmente nesta segunda, 15 de junho

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Figueiró: conhecer a história, mas sem revanchismos

Dar início à restituição da verdade na universidade e resgatar uma dívida histórica com aqueles que lutaram e foram calados. Esse é um dos objetivos da Comissão da Verdade na UFSM, conforme o entendimento de Adriano Figueiró, presidente da Sedufsm. A comissão foi criada oficialmente nesta segunda, 15, em solenidade ocorrida no Auditório da Ex-Reitoria, a partir da assinatura da Portaria nº 75.620, pelo reitor da instituição, Paulo Afonso Burmann. A criação da Comissão foi uma solicitação de sindicatos, DCE, Ordem dos Advogados (OAB) de Santa Maria, e movimentos sociais, ainda em 28 de agosto de 2014.

Na avaliação do dirigente da Sedufsm, existe um contingente de professores ainda jovens na universidade, que já nasceu após o período da redemocratização, e para esses, frisa Adriano Figueiró, conhecer o passado da instituição é fundamental. “Não é revanchismo, mas conhecer a história é essencial para que o período autoritário não se repita”, diz o sindicalista. Figueiró também elogiou a iniciativa da reitoria da instituição, ao dar seguimento a um pleito das entidades representativas.

Para o reitor Paulo Burmann, a instituição da Comissão da Verdade é uma obrigação com o resgate histórico da universidade, um dever de cidadania. Em sua manifestação, o dirigente destacou que “nunca foi tão decisivo que as pessoas se mostrem como elas de fato são”. O reitor foi enfático ao dizer que a universidade vai por todos os registros e arquivos da instituição para a consulta da Comissão. E ainda deu um aparente recado: “a Comissão não servirá para embates políticos de qualquer natureza”.  Segundo Burmann, o que está em jogo é a busca da verdade na instituição e acrescenta que “corremos riscos, mas não nos furtaremos ao diálogo em busca da verdade”. Para o reitor, a “democracia faz barulho porque dá voz às pessoas”.

OAB

No ato que instituiu a Comissão da Verdade, usou a palavra pela Ordem dos Advogados do Brasil- Santa Maria, o presidente da seccional, Péricles Lamartine Costa. Para o representante dos advogados, o momento era histórico, haja vista a relevância da UFSM para Santa Maria e para o país. O trabalho da Comissão, segundo Costa, servirá também para trazer à tona o “heroísmo de tantos quantos contribuíram para a construção dessa valorosa instituição”.

Ao destacar a importância do trabalho da Comissão, Péricles Costa frisou ser “intolerável aos olhos da advocacia nacional e local, defensoras da legalidade e da moralidade e da transparência, que alguém pretenda denegrir ou obstar, ainda que pelo regime da crítica republicana, a busca da verdade, que é a única coisa que procuramos”. Salientou ainda que é “inadmissível que vozes se insurjam contra o exame do que efetivamente aconteceu, o apuro do que realmente permeou a realidade pretérita, e que sim, alicerça o futuro de uma coletividade, e que isso seja tido como perda de tempo ou capricho de uns e de outros”. Para ele, são manifestações que merecem respeito apenas enquanto opinião, nada mais que isso.

DCE

Tamara Juriatti, que representou o Diretório Central de Estudantes (DCE), destacou a Comissão como sendo de extrema importância para esclarecer os fatos ocorridos durante a ditadura militar. Segundo ela, torna-se ainda digno de louvor o fato de haver a presença do segmento discente, pois isso não acontece em todas as universidades. Conforme Tamara, resgatar esse período histórico é “muito caro” ao DCE, já que o movimento estudantil sofreu duramente a repressão do regime autoritário.

Assufsm

Para Darci Roberto Fidler, que representa o Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Assufsm) na Comissão da Verdade, o momento é histórico e em sua explanação, argumentou que o papel da Comissão será de “tentar reescrever uma parte da história que não foi contada, que foi escondida de todos nós.”

Membros da Comissão

A Comissão da Verdade terá 18 membros e os nomes apresentados foram:

Sedufsm- Rondon de Castro (titular) e Cláudio Losekann (suplente);
Assufsm- Darci Roberto Trevisan Fidler;
DCE- Tamara Juriatti (titular) e Aline Seixas (suplente);
OAB (Santa Maria)- Márcio de Souza Bernardes (titular) e Márcio Moraes (suplente);
Conselho Universitário- Ana Lúcia de Aguiar de Melo (titular) e Alcir Martins (suplente).

Também integrarão o grupo representações dos cursos de História, Arquivologia e Direito. O Departamento de Documentação indicou os nomes de Glaucia Vieira Ramos Konrad (titular) e André Zanki Cordenonsi (suplente). O Departamento de História terá como representantes Diorge Alceno Konrad (titular) e Julio Ricardo Quevedo dos Santos (suplente). O Departamento de Direito escolheu os professores Maria Beatriz Oliveira da Silva (titular) e José Luiz de Moura Filho (suplente).
Pelo segmento estudantil, representam os cursos Yan Baggiotto Giuliani (História), Guilherme Garcia Teixeira (Arquivologia) e Bolívar Kokkonen (Direito).

Texto: Fritz R. Nunes com informações do Gabinete do Reitor
Fotos: Ivan Lautert
Assessoria de imprensa da Sedufsm

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