UFSM: governo não cumpre data de repasse de recursos
Publicada em
14/08/15 18h13m
Atualizada em
14/08/15 18h15m
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Proplan confirma que dívida da UFSM alcançava R$ 11 milhões esta semana
Durante sua participação na assembleia dos professores, convocada pela Sedufsm, e que ocorreu no dia 14 de maio, o reitor da UFSM, Paulo Burmann, informara que a instituição estava com a folha de pagamento das terceirizadas em dois meses, a dívida imediata chegava a R$ 10 milhões, mas com a expectativa que isso fosse resolvido nas próximas semanas. Passados exatos três meses, a Universidade Federal de Santa Maria possui uma dívida de R$ 11 milhões, sendo R$ 7 milhões com apenas uma das empresas terceirizadas, a 'Sul Clean'. A informação é da Pró-Reitoria de Planejamento da instituição.
Conforme o pró-reitor, Frank Casado, havia um compromisso do governo federal de que a parte financeira do orçamento, que dá liquidez aos recursos, que têm sido liberados em conta-gotas em função do contingenciamento, seria repassada em duas datas: dias 10 e 20 de cada mês. No entanto, esse compromisso não tem sido cumprido. Já praticamente na metade do mês, e o governo não liberou a verba necessária para a UFSM pagar as contas. Mas, pior que isso. Segundo Casado, quando ocorre essa liberação, não vem na totalidade do que seria necessário e isso prejudica o acerto de contas da universidade com os credores.
Trocando em miúdos, o pró-reitor explica que, todas as vezes que o governo libera recursos na forma pingada, surge mais um complicador, pois uma empresa como a 'Sul Clean', por exemplo, que precisa de um valor alto para quitar mensalmente a folha de pagamento dos funcionários, com apenas parte do dinheiro, não consegue quitá-la integralmente. O fulcro realmente é o serviço de terceirização, garante Frank Casado. Questionado sobre o pagamento da conta de luz, que em algumas instituições, como na Federal da Bahia, gerou interrupção por parte da prestadora de serviço, o pró-reitor garante que na UFSM essa conta está em dia, e que o valor é um dos menos significativos da parte de custeio.
Em relação às perspectivas do fim desse aperto financeiro, Casado reforça a informação que foi divulgada pelo ANDES-SN após reunião com a Andifes. O prazo para o rearranjo das contas das Instituições Federais foi adiada para o final de agosto- antes era até o final de julho. Em meio a notícias pouco alvissareiras, o pró-reitor encontra uma positiva. Segundo ele, havia um temor de que a lei orçamentária de 2016 não contemplasse recursos extras para a obra do campus de Cachoeira do Sul. Contudo, diz Casado, na última quinta, o MEC teria garantido que o orçamento do próximo ano contemplará o novo campus.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm