Entidades enviam documento ao reitor pedindo dados sobre cortes
Publicada em
27/08/15 15h30m
Atualizada em
27/08/15 16h48m
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Sedufsm, Assufsm, DCE e APG encaminharam questões a Burmann nesta quinta, 27
Na manhã desta quinta (27), a Sedufsm, a Assufsm, o DCE e a Associação de Pós-Graduandos (APG) protocolaram documento junto ao gabinete do reitor da UFSM, Paulo Burmann, com questões relacionadas à crise orçamentária. No texto encaminhado, as entidades reivindicam que, na condição de presidente do Conselho Universitário (Consu), o dirigente apresente informações detalhadas, a partir do conjunto de perguntas encaminhadas, aos conselheiros e a toda a comunidade universitária, sobre qual o tamanho real do orçamento da instituição, bem como qual o impacto dos cortes já efetuados, em todas as áreas, tanto na parte de custeio, capital e também na pós-graduação.
A expectativa das entidades proponentes do documento é de que o professor Paulo Burmann coloque o documento em debate na reunião do Consu que acontece nesta sexta, 28, pela manhã, na Sala dos Conselhos, nono andar do prédio da Administração Central. Mas o detalhamento sobre as questões orçamentárias e os respectivos cortes não é o único pedido de sindicatos e direções estudantis. Outra reivindicação encaminhada é de que o reitor tome uma posição clara de contrariedade aos cortes de recursos que vêm sendo efetuados pelo governo federal e que estão depauperando as Instituições de Ensino.
Na parte final do texto encaminhado, as entidades lembram que, apesar do reitor da UFSM ter sido signatário de um manifesto, em 2014, de reitores que apoiaram a reeleição da presidente Dilma Rousseff, e em que pese o fato de o dirigente ter tentado se manter otimista ao longo de 2015, enquanto os cortes eram ampliados, que “não é possível mais continuar aceitando o desmonte da educação público e do ensino superior do Brasil”.
Com base nesses e em outros argumentos, solicitam a adesão do reitor Paulo Burmann ao manifesto encabeçado pela reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), intitulado “Contra os cortes no orçamento e por mais verbas para a educação”, ao qual já aderiram reitores de outras dezesseis universidades brasileiras.
Para as entidades, “diante do agravamento do quadro econômico brasileiro, e com a construção de estratégias governistas que fortalecem as grandes economias privadas em detrimento das políticas sociais, a defesa da universidade pública não pode estar pautada exclusivamente na garantia do seu funcionamento, ainda que precarizado, mas, sobretudo, na defesa intransigente e constitucional de condições plenas para o exercício indissociável das atividades de ensino, pesquisa e extensão.”
Estatuinte no Consu
E nesta sexta, 28, também está na pauta da sessão nº 774 do Conselho Universitário, o processo nº 131/2015, que “encaminha proposta de metodologia para desenvolvimento do processo Estatuinte”. O assunto foi discutido ao longo do ano de 2014, estendendo-se aos primeiros meses de 2015, por uma comissão provisória, também chamada de pré-estatuinte. Foi esse grupo, formado por representantes da Reitoria, do Consu, dos sindicatos (Sedufsm, Assufsm, Atens) e representações estudantis (DCE e APG) que formataram a proposta que entra em debate na reunião desta sexta.
A previsão é de que a UFSM, ainda este ano, inicie um processo de reelaboração do Estatuto da instituição, por meio de um Congresso Estatuinte, que deve ter participação paritária entre os segmentos, e que não apenas a comunidade interna participe, mas também a externa.
Confira abaixo, em anexo, a íntegra do documento encaminhado ao reitor e a pauta do Cobsu desta sexta-feira.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm
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Documentos
- Pauta da reunião do Consu desta sexta
- Documento encaminhado ao reitor nesta quinta-feira