Revivência: momento de confraternização entre aposentados
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Atualizada em
30/09/15 12h11m
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Quarta edição do evento ressalta contribuição daqueles que construíram a UFSM
O idealizador do ‘Revivência’ foi o professor José Francisco Silva Dias (Juca), lembrado durante a abertura do Encontro de Aposentados (ou em vias de se aposentar) da UFSM, que chega a sua quarta edição. A atividade iniciou na manhã desta quarta-feira, 30 de setembro, no Salão Imembuí e prosseguia ao longo do dia. Se na década de 1980, o setor de recursos humanos se preocupava com pouco mais de 200 aposentados, hoje a realidade é diferente, explicou a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Neiva Cantarelli. Dados mais recentes apontam que são 2.500 servidores aposentados, sendo 1.120 homens e 1.361 mulheres, o que fortalece a necessidade de eventos como esse, que tem acontecido a cada ano.
Em sua fala de abertura, o reitor Paulo Burmann fez questão de lembrar que a universidade dos dias atuais, que se coloca entre as 20 melhores do país e entre as melhores do mundo, só está nessa posição pelo fato de que houve na instituição pessoas que ao longo das últimas décadas deram a sua contribuição para que se chegasse a esse patamar. E foi a esses, muitos dos aposentados que estavam presentes, que Burmann fez um agradecimento reverencial. O reitor esteve acompanhado de seu vice, professor Paulo Bayard Gonçalves.
Na cerimônia de abertura também se manifestou o ex-reitor da UFSM, atualmente também aposentado, professor Clovis Silva Lima. Representando as entidades apoiadoras, falou a presidente da Associação dos Servidores Inativos Técnico-administrativos (Asita), Maria Emilia Kantorski. Junto com a Asita, outras entidades também apoiaram o encontro, entre elas, a Sedufsm, a Assufsm, a Apusm e a Atens. O ‘Revivência’ é organizado pela Coordenadoria de Qualidade de Vida e Saúde da Progep, com o apoio das entidades citadas.
Contracheques virtuais
Em sua manifestação, a pró-reitora Neiva Cantarelli, que destacou a acolhida que a instituição fazia aos aposentados, aproveitou para alguns recados importantes. Ela enfatizou que a Progep tem procurado orientar os aposentados em relação aos contracheques, que agora não são mais impressos, mas apenas na forma virtual. Para isso, é preciso cadastrar o email do servidor. No caso de dúvidas, basta procurar a pró-reitoria.
O alerta também foi feito em relação à necessidade de cadastramento do servidor aposentado a cada ano, na data de aniversário. Segundo Neiva, esse recadastramento é uma exigência legal, cujo prazo se estende do mês de aniversário até 60 dias após. Ela frisou que “infelizmente”, no caso daqueles que não se recadastram no período certo, a gestão se vê na obrigação de publicar um edital público cancelando o pagamento da pessoa.
Palestra
A metáfora da águia e da galinha do teólogo Leonardo Boff foi usada pela professora do curso de Terapia Ocupacional, Rita de Cássia Barcellos para, de forma figurativa, sugerir que aquele que se aposenta não deve se mostrar pequeno, mas ao contrário, deve estar disposto a voos mais altos, mais ousados, tendo em vista a experiência acumulada. Ela fez a palestra inicial do evento com o título “Aposentadoria prazerosa: novidade na idade nova ou novidades para novas idades”.
Rita mostrou dados indicativos de que a expectativa de vida do Brasil está alta e, que, não apenas a sociedade tem que aprender a conviver com os idosos, mas que estes também precisam se reinventar após a aposentadoria. Em relação às doenças, é preciso assumir um caráter preventivo. Segundo ela, um corpo que não se movimenta, que não se ocupa, é como uma ferramenta que, ao ficar parada, tende a enferrujar.
A professora, que é psiquiatra social e doutora em Educação, enfatizou a importância da preservação do “maior patrimônio” de cada indivíduo, que é a memória. Segundo ela, para preservar essa memória, é preciso investir nisso, o que significa, inclusive, lutar contra doenças que degeneram esse processo de memória, como por exemplo, o Alzheimer. Rita destacou que a doença pode ter seus efeitos minimizados quando detectada de forma precoce. Mas, para isso, a pessoa não pode se intimidar e nem se isolar. Ao contrário, deve buscar ajuda especializada.
Ao longo da quarta-feira, outros momentos de confraternização ainda iriam ocorrer, entre eles, uma palestra do professor Marco Aurélio Acosta (CEFD) sobre “Limitações no processo de envelhecimento”. A Sedufsm foi representada no evento pelo professor Getúlio Lemos, e teve alguns de seus filiados inscritos para a atividade, entre eles, Wilton Trapp, Lia Rauber da Silva, Rutk Kuhn e Abel Panerai Lopes.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm