Documentário sobre história da Sedufsm emociona docentes SVG: calendario Publicada em 15/04/16 19h33m
SVG: atualizacao Atualizada em 15/04/16 19h45m
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'Sonhos Não Envelhecem. A história da Sedufsm’ foi lançado na noite da quinta-feira, 14

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Contar a história do sindicato pelas vozes daqueles e daquelas que fizeram parte dessa caminhada. Esse era o objetivo da gestão Sindicato Pela Base quando, há quase dois anos, iniciaram-se os trabalhos para a confecção do documentário ‘Sonhos Não Envelhecem. A história da Sedufsm’. E o resultado desse longo processo foi apresentado na noite da quinta-feira, 14, com o lançamento do filme no auditório Suze Scalcon. Além de ex-presidentes e professores simpatizantes à luta docente, o evento teve a participação de outras entidades sindicais e movimentos sociais com quem a seção sindical vem travando sólidas alianças.

Em sua fala inicial, o vice-presidente da Sedufsm, narrador do documentário, Humberto Zanatta, saudou os presentes e explicou que foram 28 horas de gravação e quase 30 depoimentos, que, editados e cadenciados, sintetizaram-se na obra. “É papel do sindicato estar sintonizado com o pulsar dessa cidade. Dentro das limitações e virtudes daqueles que fazem a luta pela cidadania, acredito que estejamos cumprindo muito bem nossa tarefa”, disse o dirigente, fazendo uma reverência especial aos familiares de Suze Scalcon, docente do departamento de Fundamentos da Educação e ex-vice-presidente da Sedufsm, que falecera no início de 2015 e completaria 49 anos exatamente na noite do lançamento.

Adriano Figueiró, presidente do sindicato, acredita que, de alguma forma, todos os presentes reconheceram-se no documentário. “Um projeto que iniciou antes da Lava Jato e do momento político que vivemos, mostrando a posição do sindicato que lutou e segue lutando pela categoria. A sensação é de orgulho por fazer parte dessa luta”, disse.

‘Vim dar um abraço na minha escola política’

Após a exibição do documentário, os presentes apreciaram um coquetel de comemoração. Uma presença significativa no evento foi Cristina Rosa, hoje professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), porém, no passado, a primeira funcionária do sindicato. Ela, que veio até Santa Maria para prestigiar o documentário, lembra que trabalhou na Sedufsm por quatro anos, num período em que a principal tarefa era instituir a entidade na UFSM.

“Saio do sindicato para ser uma docente do ensino superior e levo comigo toda essa luta inicial. Para mim, não era só um trabalho formal, mas também político. Eu me identificava com a luta dos professores porque eu era uma estudante que também tinha lutas políticas. Estive em todas as primeiras assembleias mostradas nesse vídeo, ou secretariando ou cuidando da distribuição de nosso jornal. O jornal, aliás, sempre foi um instrumento muito importante de divulgação das posições politicas da direção e de outros professores. E eu tinha uma relação muito íntima com esse jornal, por tê-lo distribuído em cada um dos departamentos quando ainda não tínhamos direito ao selo, ao endereçamento e ao correio interno da universidade. Hoje um ciclo fecha-se para mim e eu vim para dar um abraço na minha escola política”, conclui Cristina.

Trabalho minucioso

Não foi um trabalho fácil compilar tantas horas de gravação e que davam conta de mais de duas décadas de greves, paralisações, assembleias e atividades culturais. Mas a tarefa foi abraçada sem receio pelos jornalistas Ivan Lautert e Rafael Balbueno, responsáveis pela produção do documentário.

“O objetivo do documentário, desde o começo, era contar a história da Sedufsm nas palavras das pessoas que a construíram. Nós queríamos dar a chance dos protagonistas dessa historia contarem a sua versão e é por isso que ver, agora, que o pessoal se enxergou e se reconheceu no documentário é tão bom, porque, de alguma forma, isso indica que pelo menos uma parte dessa tarefa conseguimos cumprir. Pessoalmente é muito legal ter um trabalho histórico do sindicato que leva meu nome, o nome do meu amigo Rafael e do professor Zanatta, que trabalhou muito conosco e foi inspiração no roteiro. Terminamos com a sensação de felicidade por termos cumprido essa tarefa que foi longa. Foram quase 2 anos de trabalho, pois começamos pouco depois da posse da diretoria Sindicato pela Base e estamos terminando agora, quando essa diretoria está em vias de entregar o mandato”, comentou Ivan Lautert.

Entre as entidades presentes estavam Assufsm, Sinasefe, Instituto Federal Farroupilha, Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), além do professor João Batista Dias de Paiva, representando a reitoria da UFSM.

DVD’s à disposição dos sindicalizados

O professor que desejar adquirir o DVD com o documentário pode dirigir-se à secretaria da Sedufsm, localizada na rua André Marques, 665, e com funcionamento das 8h às 12h e das 14h às 18h. Os filiados que não residem em Santa Maria podem entrar em contato com o sindicato, que lhes enviará uma cópia via correio.

O documentário ‘Sonhos Não Envelhecem. A História da Sedufsm’ tem produção de Ivan Lautert e Rafael Balbueno. Em conjunto com os dois jornalistas, o professor Humberto Zanatta também foi um dos responsáveis pela elaboração do roteiro.

 

Texto: Bruna Homrich

Fotos: Bruna Homrich, Fritz Nunes e Rafael Balbueno

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