Comitê do ENE SM debate ‘Escola sem Partido’ no dia 27
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13/07/16 13h35m
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Reunião ampliada ocorre às 18h30, no Auditório da Sedufsm
Um dos encaminhamentos do II Encontro Nacional de Educação (ENE), ocorrido entre os dias 16 a 18 de junho na Universidade de Brasília (UnB), era que os debates lá travados seguissem sendo capilarizados para as bases. E quem efetivaria essas ações seriam os fóruns e comitês locais. Dessa forma, na última segunda-feira, 11, o Comitê do ENE em Santa Maria reuniu-se tanto para avaliar a realização do evento nacional, quanto para pensar próximas atividades junto a estudantes e trabalhadores da educação na cidade.
Assunto bastante debatido na segunda edição do ENE, o projeto de lei (PL) 867/2015, que trata do ‘Escola sem Partido’, foi apontado como tema central de ser trabalhado localmente, de forma que uma primeira atividade já vem sendo planejada.
No dia 27 de julho, às 18h30, no auditório Suze Scalcon da Sedufsm, o Comitê do ENE SM promove uma reunião ampliada para debater justamente esse projeto que já vem se convertendo em lei país afora, a exemplo do estado de Alagoas. Apresentando-se também na forma de um movimento coordenado por Miguel Nagib, o ‘Escola sem Partido’ traz o slogan ‘educação sem doutrinação’, algo que, na análise do ANDES-SN, esconde um viés conservador que censura e fere a autonomia dos educadores. Sobre esse tema, inclusive, o Sindicato Nacional já produzira uma cartilha, que pode ser acessada aqui. Já para Gilmar Nunes Côrrea, professor estadual de Santa Maria, o projeto representa a ‘lei da mordaça’.
MEC aventou nomear apoiador do ‘Escola sem Partido’
Enquanto o Comitê do ENE SM reunia-se e problematizava o ‘Escola sem Partido’, em Brasília o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Adolfo Sachsida, era nomeado para assessor especial do ministro da Educação, Mendonça Filho. Sachsida defende abertamente o movimento que, segundo ele, prega o fim da “doutrinação ideológica” em sala de aula.
Para certo alívio de estudantes e trabalhadores da educação, contudo, a nomeação do entusiasta do ‘Escola sem Partido’ foi cancelada antes mesmo que ele tomasse posse. Ao explicar o porquê da revogação, o Ministério da Educação (MEC) disse que o objetivo era que o economista analisasse o impacto da macroeconomia no financiamento de políticas públicas de educação. Mas, em avaliação conjunta, MEC e Sachsida teriam decidido que tal colaboração não seria mais necessária, pois isso seria realizado pela subsecretaria de Orçamento e Planejamento.
Texto: Bruna Homrich, com informações de G1
Foto: Bruna Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm