Plenária dos segmentos da UFSM solidariza-se com ocupações
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Atualizada em
24/11/16 23h24m
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Reitoria cobrada a ter ações mais incisivas em relação a ameaças feitas a ocupantes
Na manhã desta sexta, 11, ocorreu no Anfiteatro Loi Trindade Berneira, a primeira plenária ampliada reunindo os três segmentos da UFSM. Cerca de 130 pessoas, entre docentes, estudantes e técnico-administrativos, se reuniram para fazer uma avaliação geral sobre a mobilização na UFSM, que inclui na pauta, especialmente a retirada da PEC 55 e da MP 746. Entre os participantes, foi consensual a ideia de que é preciso apoiar e manifestar solidariedade às ocupações dos alunos, que vêm gradativamente aumentando na instituição.
No que se refere a construir uma coordenação unificada para as ocupações, prevaleceu o entendimento de que a ocupação dos prédios é uma tática dos estudantes, mas que ainda precisa ser pautada e avaliada entre os técnicos e também entre os professores, levando em conta a autonomia de cada segmento.
Foram feitos apelos por parte de algumas representações de diretórios acadêmicos, para que tanto Sedufsm como Assufsm apoiem a arrecadação de alimentos para os ocupantes. Ainda do segmento estudantil, novos relatos de ameaças feitas em redes sociais, e até mesmo presencialmente, contra os que promovem ocupações. A diretora do Centro de Educação, professora Helenise Sangoi Antunes, lamentou as ameaças “fascistas” que estão ocorrendo, acrescentando que o reitor, professor Paulo Burmann, está ciente de tudo e tomando providências, como por exemplo, acionando a Polícia Federal para investigar os suspeitos de fazer ameaças.
No entanto, alguns estudantes e também professores, entre eles, Adriano Figueiró e João Carlos Gilli Martins, cobraram uma postura mais incisiva da reitoria da UFSM. Para Gilli, que é vice-presidente da Sedufsm, é preciso exigir da reitoria uma posição pública sobre as ameaças. Helenise sugeriu que as entidades sindicais proponham ao reitor que abra um processo administrativo em relação a estudantes que promovem algum tipo de incitação à violência.
Esteve participando também da plenária, um representante da Associação de Pós-Graduandos (APG), que é apoiadora das ocupações. A APG aprovou em assembleia esta semana a paralisação nesta sexta, 11 de novembro.
Deram seus informes na atividade desta sexta, ainda, um diretor do Sindicato dos Professores Municipais, e a professora Maíra Couto, do coletivo Alicerce e que é da base do Cpers. Além da Sedufsm, Assufsm e representações estudantis, o Sinasefe também compôs a mesa que coordenou a plenária.
A conselheira da Sedufsm, professora do campus de Frederico Westphalen, Adriana Zecca, fez um relato sobre a mobilização naquela Unidade e manifestou preocupação com o acirramento da disputa política entre os estudantes.
25 de novembro, nova plenária
Ficou marcada uma nova plenária unificada dos três segmentos para o próximo dia 25 de novembro, pela manhã. A data foi aprovada pelas centrais sindicais e apoiada pelo Fórum de Servidores (Fonasefe), como dia nacional de lutas. Os docentes da UFSM já têm nova paralisação marcada para este dia.
Texto: Fritz R. Nunes
Fotos: Ivan Lautert/Fritz Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm