Mobilização pelos povos Kaigang em Santa Maria
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Situação precária dos indígenas será denunciada sábado
Nesse sábado (17) acontecerá, na Praça Saldanha Marinho, o segundo evento que visa denunciar a situação dos indígenas Kaigang em nossa cidade. A Noite da Visibilidade Indígena está prevista para começar às 18 horas da tarde e objetiva, principalmente, viabilizar um canal de diálogo dessas comunidades com a população de Santa Maria, explicitando a situação de extrema precariedade a que estão submetidos.
Construída, principalmente, pelo Grupo de Apoio aos Povos Indígenas (Gapin), pelas comunidades indígenas e por grupos do movimento estudantil da UFSM, a Noite da Visibilidade Indígena traz o questionamento: “A cidade que vemos é aquela que queremos ter?”.
Ocupação
Desde o dia 21 de novembro, a comunidade Kaigang ocupa o terreno próximo à estação rodoviária. A ocupação foi resultado do descaso do poder público, que não efetivou, ainda que minimamente, as promessas realizadas na I Assembleia Popular Indígena, realizada na cidade. Aliado a isso, há o fato de que na época do Natal a presença dos Kaigangs é muito forte, em função da venda de artesanato.
Até o presente momento, já foram registradas ocorrências de ameaças contra os indígenas e pessoas envolvidas com a ocupação.
Dia da Visibilidade Indígena
No dia 12 de julho deste ano, lideranças indígenas preencheram a Saldanha Marinho com palavras não compreensíveis para a população, mas que eram simultaneamente traduzidas. Durante o Dia da Visibilidade Indígena, foram distribuídos folders e feitas falas que denunciavam a situação dos indígenas Kaigang e Guarani. Tudo isso culminou em um ato que teve como destino final a frente da Prefeitura, com a entrega de um documento, para a chefe de Gabinete Magali Marques da Rocha, com as solicitações e reivindicações históricas desses povos na cidade.
Texto: Bruna Homrich (estagiária) e Fritz Nunes, da SEDUFSM
Foto: Revista O Viés