Centrais sindicais começam a organizar resistência em 2017
Publicada em
13/01/17 14h53m
Atualizada em
13/01/17 14h54m
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Objetivo é barrar o avanço das reformas previdenciária e trabalhista do governo Temer
Na primeira reunião de 2017, realizada na sede do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) na última quarta, 11, em São Paulo, as Centrais Sindicais - CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, Nova Central, CSB, UGT, CTB-, definiram a elaboração de um plano de estratégias para a luta dos trabalhadores contra as reformas previdenciária e trabalhista, ambas previstas para encaminhamento e votação na Câmara dos Deputados assim que terminar o recesso parlamentar.
Resguardadas as diferenças de apreciação sobre as matérias em questão, foi unânime a posição entre as centrais de que o conjunto de medidas apresentado pelo governo de Michel Temer não será aceito, motivando assim a organização dos trabalhadores contra esses projetos, pela unidade na luta, e na elaboração de estratégias para impedir mais ataques aos direitos trabalhistas.
Para as Centrais Sindicais, a agenda de ataques aos direitos dos trabalhadores demanda uma agenda de mobilização unitária, com datas de atuação conjunta a serem definidas na próxima reunião, agendada para 20 de janeiro em São Paulo. Ainda sobre a Reforma da Previdência, o Dieese realizará um seminário, dias 7 e 8 de fevereiro em São Paulo, com ciclo de debates posterior nos Estados.
Greve geral
Atnágoras Lopes, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, explicou que a Central sabe das dificuldades e diferenças, mas a reunião indica a renovação das possibilidades de, finalmente, concretizar um calendário e uma ação comum de todo o movimento sindical.
O dirigente da CSP afirmou que “temos insistido na convocação da greve geral e vamos continuar fazendo isso. Esse é o instrumento possível e necessário de ser realizado. Não há o que negociar. Temos que derrotar essas propostas e também o governo e os corruptos desse Congresso. Conforme surgiu nas discussões, precisamos aproveitar a reunião do dia 20 e fechar imediatamente um calendário comum de mobilização”, concluiu Atnágoras.
Fonte: ANDES-SN
Foto: CPS-Conlutas
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)