Sedufsm manifesta solidariedade à comunidade da UERJ
Publicada em
18/01/17 11h38m
Atualizada em
18/01/17 11h47m
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Universidades estaduais do Rio de Janeiro enfrentam grave crise financeira
A Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) está manifestando solidariedade aos três segmentos da comunidade universitária – docentes, técnicos e estudantes- da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A instituição enfrenta gravíssima crise financeira, assim como boa parte dos servidores públicos daquele estado. A situação está tão caótica que o reitor da instituição decidiu adiar o início do semestre letivo, passando a data para 23 de janeiro.
O adiamento do início do ano letivo se deve à falta de pagamento, desde novembro de 2016, dos salários, bolsas e verbas de custeio da instituição, fato que prejudica a milhares de pessoas. O quadro não se resume à UERJ. Outras universidades estaduais como a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e a Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO) também enfrentam situação de precariedade. A reitoria da UERJ informou que a dívida do governo estadual com a instituição chega a R$ 36 milhões. Em relação à UENF, a dívida do estado alcança R$ 50 milhões.
Para o presidente da Sedufsm, professor Júlio Quevedo, é lamentável que os governos recentes do estado do Rio de Janeiro tenham relegado o serviço público, e a educação em especial, a esse quadro de completo caos. No entendimento do dirigente da Sedufsm, as ações dos governos não são por acaso. Deixar essas instituições na penúria faz parte de um projeto mais amplo, não apenas no Rio, mas em todo o país, de provocar o sucateamento das universidades públicas, pressionando assim a comunidade interna e a própria sociedade, a se posicionar por cobranças de mensalidades, e também a buscar outras formas de financiamento, que acabam redundando em privatização.
Fazer a defesa da Uerj e das demais universidades estaduais do Rio significa, na atual conjuntura, lutar pela manutenção de um projeto de ensino superior público, gratuito e de qualidade, ameaçado pela corrupção e por projetos golpistas e privatistas, em todos os níveis de governo, enfatiza o professor Júlio Quevedo.
Texto: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN
Foto: Asduerj
Assessoria de imprensa da Sedufsm