Assembleia docente aprova adesão à greve geral no país
Publicada em
29/03/17 16h21m
Atualizada em
29/03/17 16h32m
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Protesto chamado pelas centrais sindicais está marcado para 28 de abril
Em assembleia realizada hoje pela manhã, no Auditório B2, do prédio 17 (junto à Geociências), os professores aprovaram a adesão à greve geral chamada pelas centrais sindicais contra as reformas previdenciária, trabalhista e contra a terceirização. A paralisação de 24h está marcada para o dia 28 de abril. Até essa data, uma comissão de mobilização de docentes, cujos nomes foram escolhidos na própria plenária, irá se reunir e programar atividades de conscientização da categoria na UFSM.
No caso específico da universidade, por sugestão dos professores Adriano Figueiró e Helenise Sangoi Antunes, deverá ser colocada na pauta local a luta contra os cortes orçamentários que ameaçam o funcionamento da instituição. Figueiró sugeriu que se promova uma campanha do tipo “abra as contas, reitor!”, como a que ocorreu em 2015, para que as informações sejam franqueadas à comunidade universitária, e assim se possa saber exatamente em que patamar estão as finanças.
Ainda pertinente ao tema da greve geral no dia 28 de abril, foi aprovada a proposta de organizar uma caravana a Brasília. Conforme sugestão da diretoria e entendimento da plenária, ficou definido que a Sedufsm disponibilizará um ônibus para que docentes interessados possa se deslocar até a capital federal na data do protesto. Aqueles que se interessarem podem se manifestar (confirmando o nome) junto à secretaria do sindicato (3222.5765) e pelo e-mail sedufsm@terra.com.br até sexta, dia 7 de abril.
Leia mais aqui sobre o tema da greve geral convocada pelas principais centrais sindicais para 28 de abril.
REPÚDIO
Durante a plenária desta manhã também foi colocado em apreciação e posteriormente aprovado por unanimidade, uma moção de repúdio contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 395/14. O projeto altera a Constituição Federal, quebrando o princípio da gratuidade, permitindo que as Instituições de Ensino Superior públicas possam cobrar taxas em cursos de pós-graduação lato sensu, bem como de cobrar por cursos de extensão. A íntegra da moção aprovada, publicaremos posteriormente, no espaço do site.
Durante as manifestações sobre a moção de repúdio, lida pelo vice-presidente da Sedufsm, professor João Carlos Gilli Martins, foram feitas muitas intervenções críticas em relação ao papel dos reitores, e especialmente da Associação dos Dirigentes (Andifes), que conforme notícia veiculada pelo Sindicato Nacional Docente (Andes-SN), articularam com parlamentares a aprovação da PEC 395/14 com o atual conteúdo.
Conforme análise do professor Adriano Figueiró, que é ex-presidente da Sedufsm atual conselheiro da entidade, “não se pode admitir que uma gestão eleita pela comunidade defenda projetos que abram caminho para a privatização da universidade”. Ainda segundo Figueiró, a postura dos reitores, e incluiu o atual dirigente da UFSM, Paulo Burmann, é lesiva à concepção de educação pública e gratuita. Para o professor, a PEC é apenas um “balão de ensaio” para futuras propostas de cobranças de taxas nos cursos de graduação. A partir de sugestão da plenária, a Sedufsm vai procurar também a Associação dos Estudantes de Pós-graduação da UFSM (APG), para que haja uma manifestação conjunto ao reitor e ao Conselho Universitário da instituição em contraposição à PEC 395/14.
Leia mais aqui sobre a posição do reitor da UFSM em relação à PEC 395/14.
A assembleia desta quarta-feira teve a mesa de trabalhos coordenada pelos professores Júlio Quevedo, João Carlos Gilli Martins, e pela professora Fabiane Costas. (Veja algumas fotos da assembleia abaixo, em anexo). Na parte dos informes, entre vários assuntos, a professora Bia Oliveira, do Direito, explicou detalhes sobre a edição do 'Cultura na Sedufsm' que ocorrerá no sábado, 1º de abril.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm