Burmann muda o tom e diz que recursos da UFSM podem acabar em setembro
Publicada em
19/04/17 18h37m
Atualizada em
19/04/17 18h42m
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Reitor foi buscar apoio na Câmara de Vereadores para fazer pressão em Brasília
O reitor da UFSM, Paulo Burmann, mudou o tom moderado que vinha sendo usado até então para falar sobre a crise orçamentária da instituição. Na última reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) de 2016, Burmann afirmara que o quadro para 2017 “era preocupante, mas não aterrador”, em relação ao anúncio de cortes por parte do governo na Lei Orçamentária Anual (LOA). Entretanto, em visita à Câmara de Vereadores na última terça 18, o dirigente da UFSM, conforme publicado no ‘Diário de Santa Maria’, qualificou a situação da universidade de “catastrófica”. Segundo o reitor, se for mantido o corte de 20% dos recursos, a instituição pode ter que fechar as portas a partir do mês de setembro.
Nesta quarta 19, a assessoria de imprensa da Sedufsm fez contato com o pró-reitor de Planejamento (Proplan), Frank Casado. O questionamento foi em cima da fala do reitor, que buscou apoio dos vereadores com o intuito de acionar a bancada de deputados federais e senadores, em Brasília, para que pressionem o governo de Michel Temer na liberação de verba.
Casado reafirmou o que dissera, juntamente com o pró-reitor de Administração, José Carlos Segalla, no dia 10 de abril. Segundo o chefe da Proplan, existe, sim, o risco de a UFSM ficar sem dinheiro para funcionar, mas mediante dois aspectos: 1- Se o governo mantiver o corte de 20% em um orçamento que já tinha sido tesourado para 2017 na LOA; 2- Se a instituição não fizer as adequações (cortes) em setores como o de terceirizados, pois neste caso, a verba existente não cobre tudo que se gasta para a sua manutenção.
O pró-reitor também foi questionado em relação ao anúncio de mais enxugamento nos serviços terceirizados da UFSM, como é caso da área de limpeza, entre outros. Na semana passada foi revisto o contrato com a Sulclean, gerando fechamento de postos de vigilância e 62 demissões, número apresentado pelo Sindicato dos Vigilantes. Frank Casado ressaltou que novas revisões de contratos serão feitas assim que o governo federal publicar o decreto anunciando o percentual de corte a ser realizado.
Paralisação dos terceirizados na UFF e na Uefs
E a falta de recursos em outras universidades está levando a uma situação caótica. Esta semana paralisaram trabalhadores terceirizados em duas instituições: na Universidade Federal Fluminense (UFF) e na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), na Bahia.
Na Uefs, a paralisação dos terceirizados acontece pela segunda vez este ano por conta do atraso de salário, vale-alimentação e vale transporte. Já na Federal Fluminense, os trabalhadores terceirizados estão sem receber o salário referente a março. Empregados contratados pelas empresas Croll e Luso Brasileira decidiram paralisar as atividades por dois dias, 17 e 18, e nesta quarta (19) definem o rumo da mobilização. Funcionários da Luso-Brasileira afirmam que, além do salário atrasado, estão há dois meses sem receber o valor do auxílio alimentação, R$15 por dia – que está sem reajuste desde 2015. Leia mais aqui.
Texto: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN
Foto: Imprensa da Câmara de Vereadores
Assessoria de imprensa da Sedufsm