Pozzobom critica CPI da “privataria tucana” SVG: calendario Publicada em 28/12/11 17h22m
SVG: atualizacao Atualizada em 28/12/11 17h25m
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Posição de Marchezan favorável à comissão, foi individual, diz deputado

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Pozzobom acha que CPI é manobra inspirada pelo PT, apenas com ilações, sem fatos objetivos

Para o deputado estadual santa-mariense, Jorge Pozzobom (PSDB), a criação de uma Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados para investigar privatizações durante o governo tucano (1995-2002) se baseia mais em ilações de cunho político e eleitoral do que em fatos determinados. Pozzobom não diz se leu o livro– A privataria tucana- uma obra que já se tornou best seller com mais de 100 mil exemplares vendidos em poucas semanas, de autoria do premiado jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou em importantes veículos de comunicação do país e, que, pela fala de Pozzobom, parece ser um instrumentalizado pelo PT em véspera de eleições. Em nenhum momento o parlamentar se refere a documentos publicados pelo livro e que seriam evidências de que haveria corrupção durante as privatizações do governo FHC.

O santa-mariense, apesar de tudo que já foi dito pela imprensa nacional, acredita que não há maiores divergências entre Aécio Neves e José Serra, o que, aliás, teria levado às investigações que acabaram rendendo o livro sobre as privatizações tucanas. Bastante seguro de si, na condição de vice-presidente estadual da sigla e considerado um dos novos expoentes do PSDB gaúcho, Pozzobom mostra-se crítico em relação ao presidente estadual do partido, deputado federal Nelson Marquezan Jr. Segundo o santa-mariense, Marquezan assinou o requerimento de criação da CPI na condição de deputado, e não consultou o partido em relação ao tema.

A Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as privatizações foi oficializada na quarta, 21 de dezembro, com 185 assinaturas, obtidas pelo proponente, deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), ex-delegado da Polícia Federal, e coordenador em 2008 da Operação Satiagraha, responsável pela prisão do banqueiro Daniel Dantas. Acompanhe os principais trechos da entrevista com o deputado estadual Jorge Pozzobom:

Pergunta- No início de dezembro foi lançado o livro ‘Privataria Tucana’, pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. Como o senhor avalia o caráter e a relevância dessa publicação?

Resposta- Em primeiro lugar, quero deixar claro que sou plenamente favorável à liberdade de imprensa e à livre manifestação de opiniões. Mas vale destacar a diferença entre opinião e fato. Temos que estar atentos, no caso dessa obra, que o autor é um indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes, incluindo corrupção ativa e uso de documentos falsos, o que fragiliza o seu caráter, relevância e veracidade. Causa estranheza o momento do lançamento desse livro, pois durante todo o ano de 2011, que antecede o ano eleitoral de 2012, o Partido dos Trabalhadores, o PT, esteve envolvido em denúncias de corrupção que já derrubaram seis ministros, e aguarda ansiosamente o julgamento do Mensalão, maior escândalo de corrupção de que se tem notícia na história do Brasil.

P- O livro impulsionou a criação de uma CPI, chamada de CPI da Privataria. O senhor é favorável ou contra a criação da Comissão?

R- Tanto no Brasil como no Rio Grande do Sul existe um movimento político forte de uso das Comissões Parlamentares de Inquérito para fins meramente políticos, o que foge do objetivo da CPI. Para mim, CPI significa trabalho sério e, portanto, deve apresentar resultado concreto. Minha formação jurídica não permite que ignore o mandamento constitucional de que para a criação de uma CPI deve haver um fato determinado de investigação, não apenas suposições ou ilações de cunho político e eleitoral.

P- O deputado (Nelson) Marquezan Jr., que é presidente do PSDB no RS, assinou o requerimento para a criação da CPI. Isso pode refletir a postura geral do partido, de ser favorável à investigação?

R- O presidente estadual do PSDB, Nelson Marchezan Jr. assinou a CPI na condição de Deputado Federal e não como Presidente do Partido. Sou vice-presidente estadual do PSDB e, nem eu nem a Executiva, fomos informados da posição e iniciativa do Deputado Marchezan Jr.

P- Na condição de deputado federal, também assinarias o requerimento?

R- Se o requerimento apresentasse fatos determinados que justificassem uma investigação parlamentar, sim.

P- Acreditas, como tem dito José Serra, que quem está por trás do livro é o PT, ou concordas com outra versão, que afirma que, tudo começou na disputa entre Aécio Neves e Serra?

R- Não concordo que haja disputa entre Aécio e Serra. Como já referi na resposta anterior, o lançamento desse livro ocorreu em 2011, momento em que o Partido dos Trabalhadores, o PT, esteve envolvido em denúncias de corrupção que já derrubaram seis ministros, e aguarda ansiosamente o julgamento do Mensalão, maior escândalo de corrupção de que se tem notícia na história do Brasil.

Texto: Fritz R. Nunes
Foto: Arquivo/SEDUFSM
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

 

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