Servidores da Ebserh podem entrar em greve
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Atualizada em
27/09/17 11h00m
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No Husm, movimento paredista foi suspenso devido à mediação do TST
Os servidores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) podem entrar em greve caso não seja bem sucedida a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que o governo recue em medidas que prejudicam os trabalhadores que hoje atendem diversos hospitais universitários em todo o país. Na UFSM, assim como em outras unidades hospitalares, o movimento paredista estava previsto para iniciar nesta segunda, 25, mas foi suspenso, conforme relato do representante dos funcionários da Ebserh no Husm , Romário Krug. Segundo ele, o Husm possui atualmente 850 empregados públicos, ou seja, funcionários que fizeram concurso para atuar na Ebserh.
A pauta que está mobilizando os trabalhadores da empresa de serviços hospitalares inclui o cumprimento do acordo coletivo (ACT), que está parado desde o mês de março; reverter a proposta de reajuste zero e o fim de benefícios como auxílio alimentação, que são sendo empurrados para os trabalhadores por parte da Ebserh. Os funcionários cobram também o reajuste inflacionário mais ganho real de 5%, reajuste em auxílios (alimentação, creche, transporte), melhorias na questão da jornada de trabalho e ações preventivas para situações de assédio moral e sexual. A Ebserh, entretanto, oferece reajuste zero e o corte de benefícios. Os trabalhadores já sofreram recentemente a redução do valor de insalubridade nos vencimentos, de 40% para 20%.
Diante da intransigência da Ebserh em relação à proposta do ACT, protocolada em dezembro de 2016, trabalhadoras e trabalhadores recorreram ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), reivindicando uma intermediação para a negociação. Após pressão da categoria, que já havia iniciado greve em diversos estados, o TST, no dia 19 de setembro, acatou a solicitação, o que fez com que greve fosse suspensa.
A rodada de negociações tem um prazo de até 60 dias para resolução e, enquanto isso, o ACT anterior segue vigente. Com a suspensão do movimento de greve, o TST garante ainda que não serão feitos descontos salariais de quem participou da paralisação de atividades até às 12 horas de quarta, 20. Serão suspensos também descontos de greve ocorridos ao longo desse ano, exceto os já realizados, que serão objeto de negociação.
Estavam em greve, ou já haviam aprovado greve, os hospitais das Universidades Federais do Ceará (UFC), da Grande Dourados (UFGD), de Juiz de Fora (UFJF), de Minas Gerais (UFMG), do Triângulo Mineiro (UFTM), do Mato Grosso do Sul (UFMS), da Bahia (UFBA), de Pernambuco (UFPE), do Piauí (UFPI), de Pelotas (UFPEL) e de Santa Maria (UFSM).
Texto: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN e da ADUFPel.
Foto: Arquivo/Sedufsm
Assessoria de imprensa da Sedufsm