Assentamento Madre Terra sedia a Quinta Primavera Libertária
Publicada em
Atualizada em
31/10/17 16h58m
2135 Visualizações
Evento ocorre de 2 a 5 de novembro, no distrito de Catuçaba
Desta quinta-feira, 2 de novembro, até o domingo, 5, ocorre, no Assentamento Madre Terra, a Quinta Primavera Libertária, promovida pela Comuna Pachamama, Ateliê Casa 9 e Guandú – Grupo de Agroecologia. No ano de 2017, a temática será Autonomia e Ação Direta na Luta de Classes e, durante os quatro dias, acontecerão debates e atividades artísticas com foco na articulação das trabalhadoras e trabalhadores do campo, da cidade e da floresta para as lutas contra os ataques do governo federal que atingem seus direitos.
A Comuna Pachamama, localizada entre Santa Maria e São Gabriel, no distrito de Catuçaba, faz parte da Rede de Comunidades Autogestionárias, é vinculada à CSP-Conlutas e reúne 19 integrantes que, por sua vez, integram o Assentamento Madre Terra, que assenta 88 famílias. Segundo Felipe Biernaski, assentado e um de seus fundadores, “na Comuna não se trabalha com a concepção de família, então não se valorizam os laços consanguíneos. Tenta-se reproduzir uma sociedade sem classes, sem exploração, onde não haja a divisão entre trabalho manual e intelectual ou por questões de gênero”, explica.
Além disso, no seu cotidiano, a Comuna Pachamama trabalha questões como o socialismo libertário e a educação libertária, práticas autogestionárias e o feminismo anticapitalista. Ainda que não consigam se desvincular do mercado, onde compram e vendem alguns insumos dos quais dependem para a manutenção da Comuna, as e os integrantes produzem seus próprios alimentos (hortaliças, sementes diversas, derivados animais) de maneira orgânica.
A Comuna objetiva fugir ao isolamento e, através de eventos como a Primavera, procura demonstrar a possibilidade de uma outra sociedade construída coletivamente. “A Primavera Libertária é nosso auge, através da qual conseguimos reunir nossas microrrelações em um só ambiente, para debatermos as questões da militância, das necessidades de se integrar às lutas das trabalhadoras e trabalhadores e propor outra concepção de sociedade”, reitera Felipe.
Outras informações estão disponíveis no Evento do Facebook.
Texto: Germano Molardi (estagiário de jornalismo)
Edição: Bruna Homrich e Fritz Rivail
Imagem: Reprodução