Chile subtrai “ditadura militar” do currículo escolar SVG: calendario Publicada em 06/01/12 15h38m
SVG: atualizacao Atualizada em 06/01/12 15h47m
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Governo quer que alunos aprendam sobre “regime militar”

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O governo chileno parece querer amenizar os anos em que o país viveu uma das mais violentas ditaduras militares da América Latina. A forma escolhida para isso foi anunciada pelo novo ministro da Educação no Chile, Harald Beyer, e consiste na mudança no termo “ditadura militar” por “regime militar” nos currículos das escolas de ensino fundamental.

O ministro defende que devam ser comparadas as diferentes visões sobre a quebra da democracia no Chile, o regime militar e o processo de recuperação da democracia, considerando os diferentes atores, experiências e pontos de vista.

Beyer afirma que a proposta de mudança passou por todas as instâncias encarregadas do assunto e por um conselho nacional de educação, que aprovou a alteração sem reparos.

Governo Pinochet

Não é demais recordar alguns dados sobre o governo do general Augusto Pinochet, que durou de 1973 a 1990: segundo dados oficiais, foram 28 mil pessoas torturadas e 2.279 desaparecidas e mortas. Entre os mortos, 180 crianças e adolescentes, além de 1.283 presos e torturados.

Nova Constituição

Enquanto o atual governo tenta suavizar o período ditatorial passado, o Senado do Chile aprovou um projeto que pode acabar com a vigência da Constituição que entrou em vigor durante a ditadura de Pinochet. A proposta, aprovada por 19 votos a favor, 11 contra e uma abstenção, prevê a criação de uma comissão bicameral que estude e proponha uma nova Constituição.

Entre os parlamentares que se mostram favoráveis à medida estão Isabel Allende, Ximena Rincón, Eduardo Frei Ruiz-Tagle e Jorge Pizarro. Defendendo a idéia de que todos os cidadãos do Chile reconhecem que a elaboração de uma nova Constituição faz-se extremamente necessária, eles afirmam que a Carta Magna carece de legitimidade, uma vez que foi redigida “no marco de um governo de fato” e “ratificada por um procedimento que não ofereceu garantias”.

Expulsão massiva

Já se passaram mais de 20 anos do término da ditadura de Pinochet, porém o Chile ainda sofre com posturas autoritárias e coercitivas do governo. Na quinta-feira, 5, o Colégio de Professores do Chile, principal associação de docentes do país sul-americano, denunciou uma série de expulsões e cancelamentos de matrículas de estudantes secundaristas. Aproximadamente 3 mil jovens foram afetados.

A medida repressiva atingiu estudantes que teriam participado dos grandes protestos que abalaram o Chile e paralisaram o semestre letivo desde maio do ano passado.

“Não é concebível que o Ministério fique em silêncio e não se pronuncie ante a gravidade da situação que observamos”, disse o presidente do Colégio de Professores, Jaime Gajardo.

As manifestações que movimentaram o ano chileno assumiram um caráter unitário, com apoio de professores e de outros segmentos da classe trabalhadora. O fomento foi a luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade, opondo-se à intensa privatização da educação chilena.

Fonte: Portal Vermelho e ANDES-SN/Opera Mundi
Foto: elquintopoder.cl
Edição: Bruna Homrich (estagiária) e Fritz Nunes, da SEDUFSM


 

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