Cpers é contra a previdência complementar SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 06/01/12 18h29m
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Rejane de Oliveira diz que déficit não foi gerado por servidor

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Rejane: governo prefere urgência em projetos ao debate ampliado

O Cpers Sindicato ainda não teve acesso a qualquer projeto que altera a previdência estadual. Da mesma forma, da possibilidade de criação de uma previdência complementar só sabe-se o que saiu na mídia. Mas se engana quem pensa que a entidade que representa os professores estaduais não têm posição. Tratando-se da possibilidade de previdência complementar, a presidente do sindicato, professora Rejane de Oliveira, é taxativa: “Somos contra”. Para a professora de Porto Alegre, o projeto de previdência complementar, até o momento divulgado apenas com o caráter de hipótese, pode sim surgir com força em 2012, visto que casaria perfeitamente com a proposta que o governo federal tenta aprovar no Congresso Nacional. Para a sindicalista, além de representar um afastamento do Estado de suas funções orgânicas, no caso “uma aposentadoria digna para todos os trabalhadores”, a previdência complementar trata-se sim de um processo de privatização do setor público.

Em entrevista publicada nesta quinta, 5, no site da SEDUFSM, o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) ressaltou o caráter emergencial de se tomar uma atitude quanto à previdência. Para Valdeci, algo deve ser feito imediatamente visto a insustentabilidade do modelo atual. O deputado é categórico ao dizer que sem uma reforma o atual sistema quebrará. Para Rejane, as coisas não são bem assim. Apesar da fragilidade existente no atual modelo previdenciário, a professora acredita que não se pode onerar ao trabalhador uma conta que não lhe pertence. “Não somos nós que estamos inadimplentes. O estado está inadimplente. Nós que nunca ficamos devendo vamos ter que arcar com isso?”, questiona a presidente do Cpers. Para a professora, a fragilidade do sistema não foi construída pelos trabalhadores, mas pelo Estado.

Também em entrevista publicada nesta quinta, no site da SEDUFSM, o deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB) afirmou seu compromisso de dialogar com a sociedade antes de votar a reforma da previdência. Para Rejane, esse processo é fundamental, com uma ressalva. “Eu não sei exatamente o que o Pozzobom falou, mas o partido dele estava ao lado da (governadora) Yeda (Crusius) nos piores ataques que ela promoveu contra os trabalhadores”, afirma a presidente do Cpers.

Caráter de urgência

Muitos foram os enfrentamentos entre Cpers e governo estadual durante o ano de 2011, sendo que uma questão pontual perpassa as diferentes pautas. Não raramente o governo de Tarso Genro apresentou projetos com caráter de urgência ou em datas em que a categoria estava desmobilizada. A aprovação da primeira versão da reforma da previdência, posteriormente derrubada pelo Tribunal de Justiça (TJRS), se deu justamente na data da eleição da nova direção do Cpers. A publicação do decreto que altera os critérios para a promoção dos professores é outro exemplo, publicado no Diário Oficial no dia 29 de dezembro de 2011, durante o recesso dos professores e, segundo a sindicalista, “sem discutir nada com ninguém”.

Para Rejane pode se esperar exatamente a mesma situação para as questões ligadas à previdência. Na opinião da professora, o governo já deixou claro que governar com caráter de urgência e decretos é uma de suas marcas. E o trabalhador terá que estar preparado. Rejane ressalta, ainda, que esse método oferece “os mecanismos menos transparentes e democráticos da administração”. “O governo não tem coragem de enfrentar a sociedade e defender suas posições. Prefere trabalhar na calada da noite”, conclui a presidente do Centro dos Professores do RS.

Texto: Rafael Balbueno
Foto: Novohamburgo.org
Edição: Fritz Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

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