Congresso do ANDES inicia em meio a desafios
Publicada em
16/01/12 01h28m
Atualizada em
16/01/12 13h49m
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Abertura ocorreu neste domingo, com 350 docentes
O 31º Congresso do ANDES-SN, iniciou neste domingo (15) pela manhã, no Hotel Tropical, em Manaus (AM), em meio a inúmeros desafios. O principal deles é elaborar um plano de lutas que possa ser um contraponto aos ataques que o governo continuará efetuando à universidade e ao serviço público, em 2012, usando como justificativa a crise internacional.
Foi destacada em muitas das falas, neste primeiro dia do encontro, a necessidade de fortalecer o sindicato em sua base de filiados, ao mesmo tempo em que a entidade deve buscar ampliar sua relação com os movimentos sociais e com o movimento sindical que se posiciona de forma independente em relação aos governos.
No primeiro dia do Congresso ainda estão sendo feitos os credenciamentos dos participantes, contudo, o primeiro balanço efetuado demonstrou que o número de pessoas presentes já está dentro da expectativa: 300 delegados e 43 observadores, de um total de 53 seções sindicais. A comissão organizadora acredita que o número de participantes deverá superar o previsto, que era de 350 pessoas.
A abertura foi coordenada pelo triunvirato que dirige o Sindicato Nacional, professora Marina Barbosa Pinto (presidente), Helvio Mariano (tesoureiro) e Marcio Oliveira (secretário geral), que abriram para as participações de diversos representantes de entidades como a Aliança Nacional dos Estudantes Livres (Anel), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), da CSP Conlutas, do Sinasefe, da Fasubra e do Conselho Federal de Assistência Social.
Delegação da SEDUFSM
A SEDUFSM está representada no Congresso de Manaus por sete delegados, retirados em assembléia, entre eles, o presidente, Rondon de Castro, o vice, Julio Quevedo, e ainda os professores Gianfabio Franco, Roselene Pommer, Abel Paneirai Lopes, Hugo Gomes Blois Filho e Jerônimo Tybusch.
Para a professora Roselene Pommer, participando pela primeira vez de um Congresso do ANDES, a experiência está sendo importante. Segundo ela, o que percebeu no primeiro dia de debates é que, os temas tratados pelo movimento sindical docente das universidades têm grande similaridade com as bandeiras levantadas, por exemplo, junto ao sindicato de professores estaduais (Cpers), do qual participou até pouco tempo antes de ingressar como professora do Colégio Técnico Industrial, em novembro de 2009.
Na avaliação do presidente da seção sindical, Rondon de Castro, é importante destacar a ênfase que lideranças da região fizeram em relação a Manaus. “É uma cidade rica não apenas do ponto de vista da fauna e da folha, mas também em contradições sociais”. Conforme o Movimento dos Sem-Teto, a cidade é a “capital nacional da grilagem” e, nela, morariam 45 grandes criminosos, mas que por serem poderosos, não iriam presos.
Rondon também ressalta a importância do Congresso de Manaus. “Diante das ameaças que se amplificam em relação à universidade e ao serviço público, precisamos estabelecer políticas que estabeleçam o processo de resistência. Não devemos nos esquecer que o ANDES passou vários anos com seu registro sindical suspenso, mas jamais abdicou da luta. Em 2012, a luta em defesa do sindicato se mantém, mas a ela se agregam bandeiras como a defesa de 10% do PIB para educação, da previdência pública, da carreira e de uma política salarial, numa conjuntura adversa, em que o governo nos ataca usando a desculpa da crise internacional”.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM