Entidades sindicais e estudantis se unem contra ataques de novo governo SVG: calendario Publicada em 07/11/18 16h41m
SVG: atualizacao Atualizada em 07/11/18 16h42m
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Primeira reunião ocorreu nesta terça, 6, e próxima ocorre no sábado, 10, em Santa Maria

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Reunião aconteceu no início da noite desta terça, no Auditório da Sedufsm

Jair Bolsonaro (PSL), presidente recém-eleito, só assume o posto em 1º de janeiro de 2019, contudo já vem publicizando vários projetos que deverão ser abraçados por seu governo nos próximos quatro anos. Seu plano econômico tem a tônica privatista; sua concepção de educação é tecnicista e disciplinar; suas prioridades imediatas serão a revogação do Estatuto do Desarmamento e a aprovação da Reforma da Previdência.

Entidades de educadores, estudantes e trabalhadores dos mais diversos setores vêm se contrapondo fortemente aos acenos do presidente eleito, que deve enfrentar forte oposição durante o mandato. Uma primeira faísca desta oposição foi lançada na noite desta terça, 6 de novembro, no auditório Suze Scalcon da Sedufsm, durante reunião que tinha por objetivo congregar entidades sindicais, estudantis, movimentos sociais e todos (as) os (as) interessados (as) em refletir sobre os perigos sedimentados no plano de governo de Bolsonaro. Mais que refletir, a disposição dos (as) que estiveram reunidos (as) é de formular ações de resistência e enfrentamento aos projetos de precarização das condições de vida e de liberdade.

Um exemplo desses projetos é a reforma previdenciária, que, como lembrado pelo diretor da Sedufsm, professor Gihad Mohamad, tem aspecto semelhante à reforma implementada no Chile, em 1981, pelo ditador Augusto Pinochet. Lá, a reforma piorou tanto as condições de vida da população que idosos passaram a se suicidar com muita frequência.

Para o vice-presidente da Sedufsm, João Carlos Gilli Martins, a vitória eleitoral de Bolsonaro deve-se a três fatores: 1 – o fracasso da política de conciliação de classes; 2 – a corrupção sistêmica e estruturante do sistema capitalista; 3 – o profundo descrédito da população nos políticos tradicionais. “Temos que lutar pela suspensão do pagamento da dívida pública e pela auditoria dessa dívida, pela revogação da Reforma Trabalhista, pela não aprovação da Reforma da Previdência”, destaca.

Diorge Konrad, professor da História (UFSM) e conselheiro da Sedufsm, associou o fenômeno Bolsonaro também à situação econômica mundial, na qual, desde 2008, vem se detectando queda nas taxas de lucro do capitalismo. “O Bolsonaro vem nessa onda para implementar um regime ultraliberal, criminalizando os movimentos sociais e os sujeitos sociais construídos nesses movimentos”, disse o docente, traçando paralelos entre a Lei Antiterrorismo e a Lei de Segurança Nacional (regime militar). “Precisamos fortalecer a unidade entre nós”, apontou.

Perseguição a professores (as)

A reunião desta terça-feira teve participação de professores (as) das redes estadual, municipal e federal. Dentre os eixos de discussão esteve o repúdio às incitações de Jair Bolsonaro (em vídeo) e da deputada estadual em Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo, para que estudantes gravem professores que supostamente estejam fazendo “doutrinação” dentro das salas de aula. Para os educadores presentes à reunião, essas ameaças à liberdade do educador e ao pensamento crítico, cristalizadas no projeto ‘Escola sem Partido’, representam uma afronta e devem ser combatidas.

Fortalecer a unidade

A reunião desta terça foi composta por diversas entidades e coletivos, cada um com sua leitura própria da realidade, algumas profundamente divergentes entre si. Contudo, o que os uniu foi o entendimento de que é preciso resistir de forma organizada aos projetos apresentados pelo governo. Projetos que não admitem réstia de otimismo e que, dado a sua gravidade, reclamam unidade, firmeza e coesão. Durante as falas, imperou a necessidade de se retomar o diálogo nos locais de trabalho, estudo e moradia, ouvindo a população e denunciando a perda de direitos sociais e trabalhistas.

Próxima reunião

O pontapé inicial da mobilização unitária em Santa Maria foi dado nesta terça-feira, mas a perspectiva é dar organicidade aos encontros e ampliar a mobilização. Desta forma, ficou marcada nova reunião de caráter amplo para este sábado, dia 10 de novembro, às 14h, no auditório do DCE (rua Professor Braga, 79).

A reunião é aberta a todos (as) os (as) interessados (as).

Texto e foto: Bruna Homrich

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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