Sites brasileiros saem do ar em protesto à censura
Publicada em
18/01/12 19h32m
Atualizada em
18/01/12 19h39m
436 Visualizações
Contrariedade a pacote de lei dos EUA impulsiona movimento
Como forma de protesto aos projetos de lei denominados Stop Online Piracy Act – SOPA – ou, em português, Lei de Combate à Pirataria na Internet e Protect IP Act (PIPA), vários blogs e sites brasileiros tiraram seus serviços do ar no dia de hoje, 18. Aqueles que aderiram ao movimento apresentam uma mensagem padrão contra a SOPA e também, aos que têm interesse de integrar o manifesto contrário à lei, há instruções para adesão e posicionamento da mensagem.
O site Wikipedia foi um dos que tirou sua versão em inglês do ar nesta quarta-feira. Quem acessa o endereço, vê a tela enegrecida e com algumas frases que relatam o caráter maléfico do projeto de lei que está prestes a ser aprovado nos EUA, e que ameaçaria uma Internet livre. A versão brasileira do site não saiu do ar, mas deixa à vista seu apoio à campanha, através de mensagem na parte superior da tela: “A Wikipédia precisa que a internet permaneça livre. Os projetos de lei SOPA e PIPA ameaçam as wikipedias em todos os idiomas”.
O número de sites brasileiros que se somaram à fileira dos contrários à lei e aderiram ao blecaute chegou a mais de 300. O site do cantor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e da Creative Commons Brasil são alguns desses.
Em tramitação
Os projetos de lei que tramitam no Congresso norte-americano objetivam o combate à pirataria na rede, através do veto à cópia e publicação em sites, blogues e microblogues, de dados, arquivos, músicas, imagens etc. protegidos por direitos de propriedade intelectual. O poder jurídico das organizações que defendem restrições de uso e cópia de arquivos relacionados a direitos autorais também deve se estenderá, caso seja aprovado o pacote.
Tal projeto de lei é caracterizado como autoritário por muitos segmentos da sociedade e, se passar pelo Congresso dos EUA, afetará não somente o país, mas todos os que fazem uso da internet para compartilhamento de arquivo e demais atividades. O objetivo das medidas seria "sufocar" financeiramente os sites que infringem a lei americana de copyright.
O consultor em redes e ciberativista, João Carlos Caribé, acredita que mais de mil sites devem aderir ao protesto no Brasil. O balanço final sobre o protesto no Brasil será divulgado nesta quinta-feira. "As inovações que aconteceram nos últimos anos não teriam ocorrido se não tivéssemos liberdade na web (...)Todo mundo pode participar divulgando os protestos”, comenta.
Fonte: Portal Vermelho e Portal IG
Edição: Bruna Homrich (estagiária) e Fritz Nunes (SEDUFSM)
Foto: sbtworld.com.br
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM