Estudar é resposta para desafiar agressores, diz reitor de Universidade de Gaza SVG: calendario Publicada em 06/03/19 17h42m
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Professor Kamalain Sha'ath visitou UFSM e concedeu entrevista à assessoria da Sedufsm

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Professor Kamalain Sha'ath, reitor da Universidade Islâmica de Gaza, visitou a UFSM semana passada

A Faixa de Gaza é um dos locais mais densamente povoados do mundo, contando com cerca de 2,1 milhões de pessoas distribuídos em um território de 40 km de extensão por 9 km de largura. Atualmente, Gaza tem sua saída para o mar e as fronteiras com o Egito e Israel bloqueadas e o trânsito de mercadorias e pessoas para dentro e fora do território é controlado pelo exército israelense.

Além do bloqueio de fronteiras que já dura mais de 10 anos, a região vive sobre constante risco de conflito entre os palestinos que residem em Gaza e os israelenses. Como se não bastasse, a Faixa de Gaza ainda sofre com embargos econômicos e tem dificuldades para estabelecer relações de compra e venda de produtos com outros países.

Para vir até o Brasil, o reitor da Universidade Islâmica de Gaza (UIG), professor Kamalain Sha'ath, precisou de autorizações especiais dos israelenses para ir até o aeroporto em Cairo, no Egito. Ele faz parte de uma parcela de apenas 1% da população de Gaza que possui tal autorização. Durante a sua passagem por Santa Maria, na semana passada,  onde participou de uma reunião com a reitoria da UFSM discutindo parcerias futuras, o professor Kamalain concedeu entrevista à assessoria de imprensa da Sedufsm.

A UIG atende a cerca de 20 alunos e forma cerca de quatro mil estudantes ao ano, em cursos de graduação, mestrado e doutorado de diversas áreas do conhecimento. Mesmo já tendo sido bombardeada por duas vezes, o professor Kamalain explica que estudar é um ato de desafio ao exército israelense. “O nosso agressor nos quer destruir, quer acabar com todos os aspectos da nossa vida, inclusive a educação do nosso povo”, diz o professor, que conta que durante períodos de conflito armado, sempre que havia um cessar fogo, mesmo que por apenas alguns dias, todos os alunos retornam às aulas. “Estudar é a nossa resposta natural para desafiar a vontade dos nossos agressores”, conclui o reitor.

Confira a entrevista em vídeo, logo abaixo.

Texto: Ivan Lautert

Foto: Bruna Homrich

Edição: Fritz R. Nunes

Assessoria de imprensa da Sedufsm

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