Reitoria da UFSM pede reintegração de casas ocupadas por estudantes
Publicada em
13/03/19 18h43m
Atualizada em
13/03/19 18h55m
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Pró-reitor de Assuntos Estudantis diz que estudantes podem sofrer sanções
Na manhã desta quarta-feira, 13, a Procuradoria Jurídica da UFSM registrou ocorrência junto à Polícia Federal, solicitando reintegração de posse das casas ocupadas por estudantes no Centro de Eventos. A informação é do pró-reitor de Assuntos Estudantis, Clayton Hillig, e se refere ao movimento de ocupação protagonizado por estudantes que, ao chegarem a Santa Maria para estudar, viram-se sem acesso à moradia.
Ouvido pela Assessoria de Imprensa da Sedufsm, Hillig diz que uma parte dos estudantes que ocupavam o Centro de Eventos desde o último sábado, 9, já se deslocou para o auditório do Diretório Central dos Estudantes (DCE), junto à Casa do Estudante (CEU) I, no centro da cidade. Aqueles que permanecem na ocupação, contudo, poderão sofrer sanções e medidas punitivas, além da própria reintegração. Segundo ele, a reitoria pediu a reintegração “para garantir a segurança dos estudantes”, já que as casas do Centro de Eventos ofereceriam riscos. Cabe lembrar que desde o ano de 2016, estas mesmas casas vêm sendo disponibilizadas pela PRAE para atender aos estudantes que aguardavam vagas nas Casas do Estudante.
Segundo Hillig, atualmente o Centro de Eventos está sob o comando da Agência de Inovação Tecnológica (Agittec) da UFSM, que vem realizando reformas no local para sediar start-ups. Antes, o local era gerido pela pró-reitoria de Extensão e, desde 2016, cedido à PRAE como solução provisória para o problema da moradia.
Kauã Arruda, estudante de Geografia e membro da diretoria do DCE UFSM, explica que a entidade estudantil está tentando auxiliar na procura de locais para alojar os estudantes ainda sem moradia. “A gente precisa de uma resposta da universidade para sanar não só esse problema, mas a questão da moradia como um todo, pois a cada semestre a situação tende a piorar”, diz, acrescentando que alguns estudantes conseguiram pouso na casa de amigos ou colegas de curso, mas não sabem por quanto tempo ficarão na situação.
Versão da reitoria
O pró-reitor de Assuntos Estudantis contesta alguns números publicados em matéria postada na terça, em nosso site. Ele argumenta que na última segunda-feira, 11, 330 estudantes foram encaminhados a moradias provisórias, sendo distribuídos entre o prédio da União Universitária e nos salões das CEU’s I e II. Restaram 53 estudantes na lista de espera, ou seja, sem moradia. Nesta quarta, mais três foram encaminhados à União e 27 estudantes que ocupavam o Centro de Eventos deslocaram-se para o auditório da CEU I, mediante negociação da PRAE com a diretoria do DCE e das Casas do Estudante.
“Estamos abertos ao diálogo, mas infelizmente alguns estudantes recusaram esta proposta e mantêm a ocupação. Fizemos todas as negociações possíveis. Propomos alimentação e auxílio transporte para essas pessoas” diz Hillig, e conclui: “Estamos na expectativa de que vamos conseguir esgotar a lista de espera para a moradia provisória nos próximos 15 dias. Estamos nos movimentando. À medida que vamos encaminhando estudantes para a Casa do Estudante (moradia definitiva), vagam lugares na moradia provisória”.
Texto: Bruna Homrich
Fotos: Arquivo Sedufsm e Vilma Ochoa
Assessoria de Imprensa da Sedufsm