Questão de gênero terá ênfase nos debates do ANDES-SN
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24/01/12 15h13m
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2012 com seminário de mulheres e também da diversidade sexual
O ambiente sindical ainda é muito homofóbico. Essa foi uma das constatações feitas pelo professor Gean Santana, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs-Bahia), e que sensibilizou os congressistas presentes ao Congresso do ANDES-SN, em Manaus, para a necessidade de aprofundar as discussões sobre as questões de gênero. Para o ano de 2012 ficaram previstos dois eventos de relevância: o II Seminário do ANDES-SN sobre mulheres e um seminário nacional do ANDES-SN sobre diversidade sexual. A questão da mulher negra e de comunidades quilombolas também estão incluídas nos debates que serão realizados ao longo do ano.
Cláudia Durans, do Sindicato dos Professores da Universidade Federal do Maranhão (Apruma) defendeu a importância de o sindicato nacional tratar do tema. “Alguns veem essa como uma discussão muito específica, mas quando pensamos no contexto atual do capitalismo, este procura se recuperar de uma crise que culmina inevitavelmente com a destruição de culturas e minorias. Só aprofundando esse debate poderemos enxergar a pluralidade do Brasil”, explicou.
A professora também destacou que as questões de gênero específicas contra a homofobia não podem ser ignoradas no meio sindical docente. “Precisamos aprofundar teoricamente a discussão nas seções sindicais para combater a homofobia dentro do sindicato, pois mesmo entre nós permanece ainda a ignorância em relação ao tema”, afirmou.
Também favorável a uma inserção mais ampla do sindicato nesse debate se manifestou o professor Waldir Bertúlio, da seção sindical docente do Mato Grosso (Adufmat). Segundo ele, “uma leitura conservadora do tema não entende as desigualdades contra mulheres e etnias” e complementou: “o texto sobre esse assunto é necessário, já vem sendo conduzido pelo sindicato nacional desde o 29º Congresso do ANDES-SN em Belém (PA) e deve continuar”.
Para o delegado da SEDUFSM durante o 31º Congresso, professor Jerônimo Tybusch, o debate sobre a questão de gênero e etnia foi extremamente pertinente. "É através do aprofundamento da discussão que o sindicato vai conseguir chegar a um consenso em relação a esses temas", ressaltou.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM