Segmentos da universidade avaliam 15M como termômetro positivo para Greve Geral
Publicada em
29/05/19 16h59m
Atualizada em
29/05/19 17h01m
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Entidades representativas das categorias avaliaram o dia 15 de maio e perspectivaram 14 de junho
O dia 15 de maio foi uma data de mobilização intensa em Santa Maria. Construídas em unidade pelos segmentos da UFSM – e também com sindicatos, organizações e partidos da cidade -, as mobilizações da Greve Nacional da Educação foram avaliadas pelas entidades que participaram da organização como um dia histórico, politizado e muito proveitoso. Agora, através da Comissão de Mobilização da UFSM e das entidades representativas, a tarefa é pensar e construir as mobilizações do dia 14 de junho – data marcada para a Greve Geral.
Para o integrante da diretoria da Sedufsm e professor do curso de Engenharia Civil na UFSM, Gihad Mohamad, a Greve Nacional da Educação foi muito importante e contou com a presença de muitos docentes da UFSM na rua. “As pessoas mostraram o que é a universidade, o papel da universidade no ensino, na pesquisa e na extensão. Eu considero que foi uma mobilização que mexeu com o governo, saiu nas principais mídias nacionais e fez com que o governo sentisse o embate”, afirma Gihad.
De acordo com Franciéli Barcellos de Moraes, coordenadora geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFSM, a mobilização do dia 15 foi muito importante para a luta contra os cortes da educação e contra a reforma da previdência. “Um dos nossos maiores acertos foi esse: não pautamos apenas a educação universitária, mas também lutamos contra a reforma da previdência, que é extremamente essencial nesse momento em que a gente não pode cair no jogo de escolher entre um ou outro”, colocou a estudante de Jornalismo.
O representante da Associação de Pós-Graduandos (APG) da UFSM, Bruno Traesel Schreiner, também avaliou o dia 15 de maio como uma data de extrema relevância para os estudantes de Santa Maria, sobretudo para os da pós-graduação. “Os atos do dia 15 serviram para fazer com que a pós-graduação saísse da inércia. Os pós-graduandos serão uns dos primeiros a serem atingidos. Foi bom para estarmos nos organizando, montar comissões, elaborar materiais da própria APG”, colocou o mestrando em Geografia.
Os segmentos seguem mobilizados para o dia 14 de junho, que também será construído em unidade através das comissões. A expectativa é que a greve do dia 14 supere as mobilizações do dia 15 e do dia 30. “O dia 14 de junho tem a expectativa de ser um dia que vai ficar registrado nas nossas memórias como um dia de coragem e resistência de muita gente unida e diferente, com paixão e sangue pulsante nos olhos expressando a indignação ao governo autoritário e medíocre” coloca a técnica-administrativa da UFSM e membra da Assufsm, Natália San Martin.
O representante da Atens, Clóvis Senger, que também esteve envolvida nas atividades do dia 15 e seguirá mobilizada para o dia 14 de junho, afirma que a Greve Geral, além de lutar contra a reforma da previdência, também será de extrema importância para fazer frente aos cortes nos demais setores e mobilizar a população contra o projeto proposto pelo governo Bolsonaro. “A greve do dia 14 também vai envolver os cortes efetuados e a falta de um projeto de desenvolvimento para o país, ou seja, a falta de uma perspectiva de futuro e de nação”, afirmou o engenheiro agrônomo.
Além dos segmentos mencionados, participam das mobilizações do dia 14 de junho o Sinasefe e outras entidades que têm se inserido na construção não apenas da Greve Geral, mas também do Segundo Dia Nacional em Defesa da Educação, que acontecerá nesta quinta, 30.
Texto: Lucas Reinehr (estagiário de Jornalismo)
Edição e foto: Bruna Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm